Somente em setembro teremos certeza se a vacina de Oxford é realmente eficaz, segundo afirmou nesta sexta-feira (5) o grupo farmacêutico AstraZaneca, empresa responsável por trabalhar com a Universidade de Oxford na criação da vacina.
A afirmação foi feita à rede britânica BBC pelo diretor executivo da empresa, Pascal Soriot. No Brasil, no Rio e em São Paulo, dois mil voluntários, mil em cada cidade, receberão a aplicação da vacina neste mês.
Poderão se inscrever como voluntários os profissionais de saúde, além de adultos entre 18 e 56 anos, que também trabalhem em ambientes de alto risco para exposição ao vírus. Motoristas de ambulâncias, seguranças que trabalham em hospitais e agentes de limpezas de hospitais também poderão se inscrever. Até o momento, não havia sido inciado um processo de recrutamento.
A Universidade de Oxford, cujo projeto é financiado pelo governo britânico, se associou ao grupo farmacêutico para fabricar e distribuir em todo o mundo a vacina que está desenvolvendo.
Os ensaios clínicos com humanos começaram no final de abril no Reino Unido e devem ser realizados este mês no Brasil, que é agora “o epicentro da pandemia”.
Na última quinta-feira, a AstraZeneca anunciou que pretende produzir mais de 2 bilhões de doses da vacina candidata, metade delas para habitantes de países em desenvolvimento. Foi decidido não esperar pelos resultados antes de começar a produção, visando ganhar tempo.