O vereador Renan Cury, de Volta Redonda, disse na Câmara que vai pedir a apuração de uma ação do Detro (Departamento de Transportes) na cidade, na última segunda-feira (7), nas proximidades da Rodoviária Francisco Torres. Ele se pronunciou a respeito do caso devido à um vídeo divulgado em redes sociais.
Nas imagens, o autor da gravação afirma que dois fiscais do órgão, sem qualquer identificação, estariam pedindo corridas a um aplicativo de viagens, que não tem autorização para operar no estado do Rio, apreendendo veículos quando estes chegavam, na parte de cima da rodoviária. Dois homens que seriam fiscais aparecem no vídeo e não reagem à gravação. Nas imagens é possível constatar que eles estavam sem coletes ou crachás de identificação. Ambos usavam bonés e apenas abaixaram a cabeça enquanto eram filmados. Depois, um deles se afastou para a calçada da Avenida Nelson Gonçalves.
O autor da filmagem diz ainda que um guincho estava no final da rua de saída da parte superior do terminal para rebocar os carros.
Ressalvando que o Detro é um órgão estadual, o vereador chamou a atenção das autoridades para que o caso seja apurado, pois, ressaltou, se as informações contidas no vídeo foram verdadeiras, se trata de um caso de flagrante forjado.
“O aplicativo é proibido no estado, mas muitos o utilizam. Não estou entrando no mérito se deve ser proibido ou não, mas do que aparece no vídeo”, disse Renan. Segundo ele, motoristas que trabalham para o aplicativo de viagens também atuam em outros legalizados, tendo “o carro levado desta forma absurda”.
O vereador disse que tentou contato com o Detro, mas não conseguiu. “Se os agentes estiverem descaracterizados fazendo este tipo de coisa é flagrante forjado. Vamos encaminhar [as informações] para o [governo] do estado para ver o que está acontecendo”, acrescentou.
Em nota, o Detro-RJ confirmou a operação em Volta Redonda, mas negou o conteúdo da denúncia. “O Detro-RJ informa que todos os fiscais do órgão que participaram da operação em Volta Redonda estavam identificados com coletes. Nenhum deles utilizou plataforma de aplicativo para solicitar veículos que ofereceriam carona. Todos os agentes que fazem parte das operações são obrigados a utilizar identificação do órgão”, informou o órgão estadual. (Foto: Divulgação)