Barra Mansa tem um medalhista de prata na 1ª Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMbr), organizada pelo Ministério da Educação. A premiação saiu no último dia 27, em cerimônia virtual realizada pelo MEC. Sebastião Luís de Oliveira, de 55 anos, foi um dos nove a conquistarem a medalha de prata – dez foram premiados com a medalha de outro e 48 com bronze.
Licenciado em Matemática, mestre em projetos educacionais pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em ensino de Física pela Universidade Federal Fluminense, o professor leciona no Ciep 485 Professor João Batista de Barros, no Bom Pastor, e no Colégio Estadual Baldomero Barbará, na Vila Barbará, ambas as escolas em Barra Mansa. “Estou muito agradecido por ter meu trabalho para melhoria do ensino da Matemática reconhecido em nível de Brasil”, diz Sebastião, que é natural de Barra Mansa e estudou na Escola Estadual Reginaldo Araújo (agora municipalizada) e no Instituto Metodista Orlando Rossi, também da cidade.
O curioso é que o medalhista de prata ficou 13 anos fora do ambiente escolar, trabalhando como técnico em eletrônica. Retornou em 2000 para cursar Matemática. Conta que, embora não tivesse dificuldades com a disciplina, também não se destacava: “Após a graduação fiz especialização e fui percebendo a beleza da Matemática”.
Sebastião participou durante seis anos do programa Olimpíada Brasileira de Matemática na Escola. Neste período, 15 de seus alunos receberam menção honrosa na competição. Para ele, as dificuldades que muitos estudantes têm com a disciplina se deve ao desconhecimento das operações básicas: “Todas as ciências exatas, não só a Matemática, apresentam maior dificuldade aos alunos porque envolvem, além da memorização de dados, a organização desses mesmos dados para se chegar à conclusão. Atualmente, os alunos estão chegando ao Ensino Médio sem saber realizar operações matemáticas básicas. Sem esse pré-requisito, acabam achando a Matemática muito difícil”.
O evento organizado pelo MEC despertou seu interesse porque um dos itens de avaliação eram contribuições para ensino da Matemática dentro e fora de sala de aula. “Como tenho algumas ações nesse sentido resolvi me inscrever”, acrescentou o professor que chegou à final participando de três fases.
A olimpíada foi promovida por uma equipe de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Com o apoio do MEC e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a competição teve como objetivos estimular o ensino da Matemática no Brasil; identificar e propagar boas práticas no ensino da disciplina; identificar talentos entre os professores e incentivar o ingresso em áreas científicas e tecnológicas, entre outros. (Fotos: Divulgação)