A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) recebeu autorização para prorrogar, por até mais 24 meses, o cumprimento do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado em 2018 com o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) com a finalidade de reduzir a poluição gerada pela Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. O prazo inicial dado à empresa venceria no próximo dia 19. A prorrogação foi aprovada em reunião da Ceca (Comissão Estadual de Controle Ambiental) realizada na última terça-feira (10).
O pedido de prorrogação foi apresentado pela CSN no dia 18 de julho. No documento, a siderúrgica aponta que a pandemia de Covid-19 atrasou a execução de obras consideradas essenciais, como a instalação de filtros de sinterização na fábrica. O Inea reconheceu que esses filtros, com mais de 30 metros de altura e fabricados sob medida, enfrentaram atrasos significativos devido à paralisação de atividades durante em diversos países, estados e municípios em razão da pandemia. Ao mesmo tempo, o órgão ambiental certificou que três novos filtros estão em fase de construção, sendo que o principal deles deve ser finalizado nos próximos meses.
Durante esse período, a CSN também realizou reparos nos filtros eletrostáticos já em operação, visando à redução das emissões. Todo este acompanhamento do Iea foi certificado também por auditorias independestes.
A CSN assegura que já investiu mais de R$ 700 milhões no cumprimento do TAC, mais que o dobro dos R$ 300 milhões inicialmente previstos. Segundo informações apresentadas pelo Inea à Ceca, o valor final pode ultrapassar R$ 1 bilhão, chegando a ser quatro vezes superior ao montante original.
Embora a pandemia tenha sido reconhecida como um fator que contribuiu para os atrasos, o aditamento do TAC estabelece a obrigação de a empresa concluir as ações pendentes e o pagamento de multas, que serão destinadas a projetos ambientais em Volta Redonda.