A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (19), o policial militar envolvido na morte de um jovem em Resende. O caso aconteceu no dia 7 de fevereiro.
Inicialmente, o PM, de 35 anos, havia dito que havia reagido a uma tentativa de assalto em um posto de combustíveis no Centro da cidade, próximo à Rodoviária Velha. No entanto, as investigações apontaram que ele colocou uma réplica de uma pistola na mão da vítima depois que ela já estava caída no chão.
“O policial compareceu no dia 7 de fevereiro narrando que teria sido vítima de uma tentativa de roubo e que teria matado essa pessoa. Porém, as imagens [de câmeras de segurança] demonstraram que o que houve na verdade foi uma abordagem dele a um suspeito na rua. Esse suspeito corre da abordagem e ele acaba efetuando disparos pelas costas e atingindo a pessoa, que veio a óbito”, explicou o delegado Michel Floroschk.
Em depoimento, o policial havia dito que foi abastecer o carro no posto e estava do lado de fora do veículo quando o jovem se aproximou com a mão na cintura dizendo “perdeu, perdeu”. Em seguida, o rapaz teria sacado uma arma, o que justificaria os dois tiros disparos por Cleber que acabaram matando o jovem. Na ocasião, o policial foi quem chamou as autoridades para socorrer a vítima.
Durante as investigações, a mãe do jovem assassinado procurou o Ministério Público alegando que o filho dela teria sido executado. A Polícia Civil teve acesso a imagens de câmeras de monitoramento da prefeitura e confirmou que Cleber tentou simular uma situação falsa para incriminar a vítima.
“Esse jovem… Não havia nenhum mandado de prisão contra ele e também não havia qualquer investigação da delegacia para apurar a sua conduta”, acrescentou Michel Floroschk.
Com as evidências em mãos, a Polícia Civil solicitou à Justiça um mandado de prisão temporária de 30 dias do suspeito e teve o pedido acatado. O policial foi preso na manhã desta quarta-feira, no bairro Vila Central, em Resende.
O policial é morador de Resende, mas era lotado no 22º Batalhão da Polícia Militar, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, e atuava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo de Manguinhos, na Zona Oeste da capital carioca.
A Polícia Militar informou que “abriu um procedimento apuratório que vai correr em paralelo com as investigações da Polícia Civil”. Disse ainda que o policial será transferido para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar em Niterói.