A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação Frota Fantasma, que visa combater a pesca e comercialização de camarão – durante o período de defeso da espécie – por associações criminosas que atuam na região da Costa Verde. Na ação, policiais federais da delegacia Angra dos Reis cumpriram oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Volta Redonda, todos em Angra dos Reis. Dentre as ordens judiciais, três foram cumpridas em imóveis e cinco em embarcações de pesca apreendidas.
A operação tem como objetivo apurar, em diversas frentes de investigação, as atividades de associações criminosas que operam na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, com o intuito de identificar as ações ilícitas de pescadores e comerciantes de pescados ilegais.
Também está sendo apurada a ação de milícias que exploram e protegem os pescadores irregulares e comerciantes de camarão durante o período de defeso. Tais organizações criminosas cobram taxas destes pescadores ilegais, com o pretexto de proteção e apoio às atividades irregulares desenvolvidas.
De acordo com as apurações, os investigados estão pescando, armazenando e comercializando camarão durante o período proibido. Segundo a PF, foi possível comprovar que a organização criminosa utiliza a pesca de “arrastão”, na busca pelo aumento de seus lucros. Trata-se de uma prática extremamente agressiva para o meio ambiente e o ecossistema local, sendo capaz até de alterar drasticamente o solo oceânico.
As investigações foram iniciadas pela Delegacia da PF em Angra dos Reis e contaram com o apoio das delegacias da Capitania dos Portos em Angra dos Reis e Itacuruçá, bem como do Comando do 1º Distrito Naval da Marinha do Brasil no Rio de Janeiro.
A primeira etapa da operação tem como foco identificar os responsáveis pela distribuição e revenda dos pescados ilegais, além dos operadores da frota de embarcações irregulares, as quais não possuem identificação, registros e autorizações de pesca na região.
O nome da operação se refere à forma de atuação empregada pela associação criminosa investigada, que faz a utilização de embarcações sem identificações, registros e autorizações junto às autoridades marítimas como forma de dificultar a fiscalização dos órgãos responsáveis. (Foto: Polícia Federal)