A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na madrugada desta quinta-feira (21), 18 suspeitos de furtar combustíveis na Baixada Fluminense. Segundo as investigações, a quadrilha lucrava R$ 4 milhões por mês.
No momento desta publicação, equipes haviam cumprido 16 dos 17 mandados de prisão expedidos, e dois homens tinham sido presos em flagrante. Três dos presos são empresários donos de transportadoras.
O esquema consistia em romper o lacre de caminhões-tanque legalizados que saíam da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) em garagens. O combustível furtado era transferido para galões menores e transportado em utilitários.
Com o transporte supostamente legalizado eles realizam o frete do combustível para cidades de todo o estado:
Além de toda a Região Metropolitana.
“Eles retiravam o combustível da distribuidora para entregar ao cliente, mas no meio do caminho parte da carga era subtraída”, detalhou o delegado Uriel Alcântara Machado, titular da 60ª DP (Campos Elíseos).
Combustível adulterado
As investigações duraram oito meses. A polícia afirma que o bando também adulterava os produtos com solventes. A tática servia tanto para revenda do combustível a preços bem abaixo do mercado quanto para camuflar o roubo nos caminhões-tanque.
Cinco carretas foram apreendidas na operação. “Os motoristas levavam até R$ 6 mil por semana”, destaca o delegado.
Os caminhões tinham sistema de rastreamento por GPS e até câmeras, mas, segundo a polícia, a quadrilha desligava os equipamentos nas garagens durante os furtos.
Os combustíveis furtados seguiam para postos e para hospitais, a fim de abastecer geradores. A reportagem é do G1.
Foto: Reprodução/TV Globo