O mês de novembro vem chegando ao fim e com ele a Campanha do Novembro Azul. Durante o período, o Hospital Santa Cecília e a LIV saúde em Volta Redonda observaram um aumento na procura de homens para exames de rotina, mas ainda há uma necessidade de estimular os homens a cuidarem mais de sua saúde não apenas em novembro, como o ano todo. A campanha existe com a finalidade de incentivar e estimular o rastreamento do câncer de próstata. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de tratamento e cura. No entanto, ainda há preconceito e uma necessidade de se fazer uma conscientização maior do homem em relação à importância dos exames preventivos.
– A campanha em novembro azul existe com a finalidade de incentivar e estimular o rastreamento do câncer de próstata. Porque neste caso, a gente não fala de prevenção, a gente fala de rastreamento porque infelizmente o câncer de próstata é uma doença que não tem prevenção – explica o urologista do Hospital Santa Cecília e LIV Saúde, Felipe Atan. O principal fator de risco para o câncer de próstata é o envelhecimento. Homens negros também tem um risco aumentado, assim como aqueles com histórico familiar. Por isso esse segundo grupo deve começar o rastreamento já aos 45 anos e os demais com 50 anos.
Esse acompanhamento pode se dar por exames de sangue, como a dosagem do PSA, o exame de toque também pela ressonância magnética multiparamétrica da próstata. “O diagnóstico é feito basicamente, como eu falei com uma avaliação, é clínica do paciente, e aí você vai usar de recursos exames complementares”. Felipe Atan explica que tratamento por câncer de próstata é feito de três formas. Uma opção é a vigilância ativa, um protocolo em que você vai acompanhar ativamente aquela doença que ainda é uma doença muito inicial, sem causar nenhum dano para qualidade de vida do paciente por meio de exames periódicos bem criteriosos.
O tratamento cirúrgico é uma outra alternativa e ele pode ser realizado também de diferentes formas, seja pela via convencional, por laparoscopia ou também como uso de robótica. Radioterapia e quimioterapia são outras abordagens possíveis. “O tempo é um fator muito importante porque o quanto antes você consegue fazer um diagnóstico precoce, identificar a doença ainda confinada na próstata e aumentar bastante as chances de tratamento”, afirmou.