O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou neste sábado (18) que vai investigar a morte da jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, que passou mal por causa do forte calor antes do show da cantora americana Taylor Swift, na noite da sexta-feira (17), no Estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio.
A notícia foi distribuída com urgência para a 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Consumidor para a adoção de providências. O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, após conversa com o prefeito Eduardo Paes (PSD), determinou à Assessoria de Grandes Eventos do MPRJ que acione a empresa responsável pela organização dos shows de Taylor no Brasil para a tomada de medidas de prevenção urgentes.
O Ministério Público informou ainda que promotores de Justiça estarão de plantão neste fim de semana no Estádio Nilton Santos para fiscalização de medidas a fim de evitar novos problemas e garantir a proteção da saúde do público.
A Polícia Civil abriu uma investigação para apurar as causas da morte. A jovem teria se sentido mal por causa do forte calor.
Portaria – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou neste sábado (17) uma portaria a fim de permitir garrafas de água para uso pessoal em shows no país. Outra medida é obrigar produtores a oferecer água de graça. “A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de água de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos. E as empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em ‘ilhas de hidratação’ de fácil acesso”, escreveu o ministro.
“A Secretaria Nacional do Consumidor tomará as providências cabíveis para a fiscalização, com a colaboração dos Estados e dos Municípios, bem como atuação da Polícia, se necessário”, acrescentou.
Mais cedo, Dino tinha determinado uma apuração das denúncias de fãs da cantora Taylor Swift de falta de água potável no Estádio Nilton Santos, local dos três primeiros shows do giro brasileiro do “Eras Tour”. O prefeito Eduardo Paes disse que exigiu ajustes na operação. (foto: Reprodução)