O ex-dirigente sindical José Antônio da Silva Duque, fundador do Sindicato dos Químicos na região, morreu nesta sexta-feira (3), em Barra Mansa, aos 92 anos. Até o momento desta publicação, não havia ainda informações sobre o velório e sepultamento.
Nascido em Demétrio Ribeiro, na cidade de Vassouras, Duque começou a trabalhar em 1955 na Du Pont do Brasil, em Barra Mansa. Oito anos depois ele foi convidado a ingressar no movimento operário local, o que o levou a reunir um grupo de 33 trrabalhadores e fundar a Associação Profissional nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Barra Mansa, em 1963.
No mesmo ano, a associação foi transformada no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Barra Mansa, com a base ampliada para Resende, Volta Redonda, Barra do Piraí e Valença Duque também se tornou representante internacional da Federação das Indústrias Químicas do Rio de Janeiro. Ele ainda foi fundador dos centros de formação profissionalizantes de Barra Mansa, Barra do Piraí, Mendes, Resende e Valença.
O convívio mais intenso com o avô, após ficar órfão de pai quando tinha 10 anos de idade, despertou nele o interesse pela política, segundo contou. “Extraí lições sobre democracia e a partir daí acompanhei e participei das lutas políticas para o Brasil voltar à democracia”, disse.
Ainda como sindicalista, Duque atuou como colunista em diversos jornais. Em 2008, foi eleito para ocupar a cadeira 16 da Academia Barramansense de História. Mesmo depois de aposentado, continuou ativo e, com 83 anos, estava à frente do Centro Assistencial de Formação Profissional e Cultural de Barra Mansa (Cafop).
Em 2013, ao ser homenageado pela escola Escola Técnica de Pinheiral como o mais antigo aluno em atividade, Duque afirmou. “Hoje, olho o passado e sei que se não trabalhei com o plantio. Existem outras formas de cultivo, como a ética, o amor ao próximo e também os sonhos transformados em realidade”.
Duque se casou em Barra Mansa com uma pedagoga, com quem teve três filhos. (Foto: Divulgação)