A Companhia Siderúrgica Nacional demitiu nesta segunda-feira (11) um grupo de funcionários que formou uma “comissão de negociação” paralela para tentar discutir com a empresa reivindicações para o acordo coletivo deste ano. A empresa foi procurada, disse que não vai se pronunciar, mas a demissão foi confirmada.
Além disso, um dos trabalhadores demitidos, identificado como Felipe Abílio, gravou um vídeo pela manhã, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, em que fala sobre as demissões, ao lado dos demais. O vídeo está circulando em redes sociais.
Apesar das demissões, novas manifestações de trabalhadores estão sendo realizadas no interior da Usina Presidente Vargas, como comprovam outros vídeos que também circulam em redes sociais. Estes funcionários não reconhecem a atual diretoria do sindicato como condutora das negociações e têm apoio da oposição sindical.
Na última sexta-feira (8), os trabalhadores da empresa recusaram a primeira proposta de reajuste para a renovação do acordo coletivo. Os votos contrários foram quase 100% dos 6.040 que compareceram ao escrutínio secreto realizado em Volta Redonda e Porto Real. A empresa ofereceu 8,1% de reajuste para quem ganha acima de R$ 3 mil e 5% para salários acima deste valor.
A CSN divulgou, no fim de semana, um comunicado no qual reafirma que, por lei, só pode negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos e que não reconhece a “legitimidade de movimentos paralelos que ocorrem durante a negociação sindical”. Segundo a companhia, “qualquer movimento alheio a esse processo não possui amparo legal”. A empresa ainda solicitou que, “enquanto as negociações acontecem, todos os colaboradores devem manter suas rotinas normais de trabalho”. (Imagens: Reprodução)