Dezenas de pessoas se reuniram, na tarde deste sábado, num ato para pedir justiça pelo assassinato da adolescente Maria Júlia Fonseca de Oliveira, de 16 anos. Maju, como era conhecida a estudante do Colégio Estadual Baldomero Barbará, foi encontrada morta na noite da última quinta-feira pelos pais, na cozinha de casa, no bairro Piteiras. A maioria dos participantes usava camisetas brancas, num pedido de paz.
– A Maju era uma pessoa incrível. Esta sempre do nosso lado, sempre transmitia luz. A gente não a via triste. A dor, o buraco que fica, é horrível. Queremos justiça – afirmou Luana Monteiro Augusto, colega da adolescente.
O professor Fábio Pereira de Carvalho disse que, com muita tristeza, compareceu à manifestação e que o comparecimento de tantas pessoas comprovou o quanto a adolescente era especial: “Estamos aqui por conta daquele sorriso que a gente perdeu, por causa da menina especial que perdemos. Que a alegria que ela deixou possa nos fortalecer e nos ajude a ajude os outros, como ela gostava”.
Um tio de Maju, chamado Célio Fonseca, de 53 anos, participou do ato. Ele contou que a mãe da adolescente encontrou a filha morta na cozinha, ao chegar em casa.
“Ela me ligou. Desci correndo de minha casa e vi minha sobrinha caída no chão, com o pescoço estrangulado, saindo sangue pelos ouvidos e já em óbito. Nós só queremos uma coisa: justiça”, afirmou, lembrando que a polícia identificou um suspeito, mas precisa de provas. “A polícia agiu rápido e prendeu um suspeito, mas soltou por falta de provas, aguarda exames para comprovar. Mas se não for ele, tenho certeza de que teremos outra resposta, porque a polícia está trabalhando muito em cima deste caso”.
A mãe da vítima, Cristina Fonseca, deu uma breve declaração, afirmando não desejar que ninguém passe pelo que ela está vivendo. “Só quero justiça”, afirmou.
O caso de Maria Julia segue sendo investigado pela delegacia de Barra Mansa. Ainda na noite em que ela foi encontrada sem vida, um suspeito foi levado para depor e negou o crime. Antes, ele cedeu material no Hospital Regional, em Volta Redonda, para exame de DNA e corpo de delito. As circunstâncias da morte da adolescente ainda não foram esclarecidas.
– Ela era uma católica muito fiel. A família dele era muito atuante na igreja, uma família que você percebe que tem muita fé e amor. Ela seria crismada acho que dentro de dois anos – disse Emanuele Félix, que era amiga de infância da vítima e estudava no mesmo colégio que ela.