A manifestação contra o ‘pó preto’ da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) reuniu centenas de pessoas na manhã deste domingo (23) na Praça Brasil, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. O ato reuniu cerca de 300 pessoas, segundo estimativas de autoridades, e começou às 10h. Os manifestantes estão todos vestidos de preto.
Portando faixas e cartazes como ‘pelo direito de respirar’ , ‘chega CSN nosso pulmão não aguenta mais’, ‘não queremos pó, queremos vida’, entre diversos outros, vários manifestantes se concentraram no local e, cerca de uma hora depois, percorreram as ruas do bairro, seguindo em passeata até o Escritório Central, que fica a menos de um quilômetro da praça. Um dos cartazes que chamou a atenção foi um com descongestionante nasal escrito: ‘CSN’.
O ato reúne homens, mulheres, idosos e até crianças. Um garotinho vestido de Batman portava um cartaz escrito. “Poluição debilita, mata. CSN assassina’. Na sexta-feira (21), a empresa emitiu um comunicado reafirmando o seu compromisso com a democracia e com o livre direito de liberdade de expressão, mas que atos de vandalismo serão penalizados, com multas de até R$ 20 mil por pessoa.
No último dia 17, diretores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciaram no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, que a empresa investirá R$ 700 milhões de imediato para melhorar a qualidade do ar em Volta Redonda e manterá outras ações de manutenção contra o “pó preto” até o cumprimento do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) em 2018, com prazo de finalização até agosto de 2024. O encontro contou com a presença do prefeito Antonio Francisco Neto e do deputado estadual Munir Neto.