Mãe e filha procuram por mulher desaparecida em Volta Redonda

Uma idosa e uma jovem moradoras do bairro Belo Horizonte, em Volta Redonda, vivem uma agonia que já passa de um ano e meio. Este é o tempo em que se encontra desaparecida Claudia Nogueira Goulart, de 43 anos, para desalento de sua mãe, Maria de Lourdes Nogueira dos Santos, de 74 anos, e de sua filha, a estudante Francine Nogueira Trevisani, de 21. Desde que Claudia desapareceu, no dia 4 de fevereiro do ano passado, as duas, que moram juntas, compartilham o sofrimento da falta de informações.

Claudia sofre de esquizofrenia. É a segunda vez que ela desaparece. Quando ocorreu pela primeira vez, dois anos antes, ela foi encontrada por uma irmã na cidade de São Paulo quase um ano depois. Internada em uma clínica, ela passou por tratamento e retornou para Volta Redonda. Estava trabalhando num supermercado do Retiro quando, de um dia para o outro, não retornou para casa e nunca mais foi vista.

“O problema dela é a esquizofrenia. Se ela toma os medicamentos, fica bem”, diz Francine, explicando que uma pessoa com este tipo de doença não pode ser internada compulsoriamente, ou seja, contra a sua vontade.

Com o novo desaparecimento, a mãe e a filha de Claudia sentem as consequências psicológica. Maria de Lourdes enfrenta ansiedade e depressão. “Minha avó toma remédios para dormir”, conta a neta, preocupada com a idosa.

Francine tem até dúvidas se sua mãe está viva. Sofre quando tem conhecimento de algum corpo encontrado em alguma cidade da região. “Fico pesquisando todo dia o CPF dela na Receita Federal”, revela a estudante.

Em São Paulo, onde mora, a irmã de Claudia já conseguiu a divulgação de seu desaparecimento num programa de TV. Nenhuma informação a respeito dela foi recebida. “Aqui em Volta Redonda, Barra Mansa, Angra dos Reis, a gente tem como procurar. Mas como fazer isso numa cidade gigantesca como São Paulo?”, lamenta Francine.

Sem celular ou página em rede social, não há um caminho para tentar descobrir o paradeiro de Claudia. O pedido da mãe e da filha é que qualquer informação seja dada à Polícia Militar, pelo telefone 190.

Foto – Divulgação