A Justiça do Rio concedeu, nesta terça-feira (5), liberdade a Monique Medeiros da Costa e Silva, réu pela morte do filho, o menino Henry Borel, de 4 anos. Ela estava presa desde abril do ano passado, junto com o ex-vereador Jairo Santos Souza Júnior, o doutor Jairinho, padrasto da criança.
Na decisão, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, determinou que Monique seja monitorada por tornozeleira eletrônica. Jairinho, porém, continuará preso.
Pela decisão, após deixar a cadeia, Monique terá que ficar em local diferente dos usados antes e o “endereço deverá permanecer em sigilo e acautelado em cartório”. O pai do menino, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, considerou a decisão “inacreditável”.
Ao determinar a soltura da mãe, a juíza destacou que, até então, avaliou-se que “a manutenção da prisão em instituição estatal era o meio adequado de se prevenirem reações exacerbadas e incivilizadas contra a requerente, incompatíveis com o Estado de Direito”. Contudo, segundo a juíza, “multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego” de Monique dentro do ambiente carcerário. Ainda que essas denúncias “não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas”, acrescentou Elizabeth Louro.
Henry morreu no dia 8 de março do ano passado e, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi vítima de torturas realizadas pelo padrasto, o então vereador Dr. Jairinho. Monique também responde por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. (Foto: Agência Brasil)