Uma paciente da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Físicos de Volta Redonda (Apadefi) participará de um espetáculo de dança no próximo sábado (29), às 19 horas, no Teatro Gacemss, em Volta Redonda. Através de linguagens corporais, Paola Almeida, de 23 anos, com paralisia cerebral, se apresenta na mostra “Por Caminhos: Uma Jornada Dançante”, pela Companhia Huios. A verba arrecadada será revertida para a Apadefi.
Sobre cadeira de rodas, Paola expressa seu lado artístico e fala sobre como a oportunidade tem sido importante em sua vida. “É tudo muito novo e maravilhoso. Tem me dado um renovo e trago autoestima com tudo que estou aprendendo. Tenho muito a agradecer pelo meu crescimento dentro da Apadefi e pela oportunidade que estão me dando”, diz a jovem.
Com a inclusão, a companhia tem trabalhado na elaboração da apresentação. A líder e professora Andreia Tissi afirma que as diversidades são importantes e que as dificuldades de Paola não são impedimento. “Paola não é uma inclusão na companhia, ela é a companhia. Paola é da família como todos os outros e a resposta do cumprimento do nosso propósito: todos serão alcançados, além das quatro paredes”.
Os ingressos para o espetáculo custam entre R$ 40 a R$ 80, disponíveis através do site Ingresso Digital e na bilheteria do teatro, na Rua 14, na Vila Santa Cecília. Também é possível adquirir o ingresso solidário através de contribuição de 1 kg de alimento não perecível.
A dança não foi o único ambiente onde Paola teve que ultrapassar as barreiras. Na profissão, a jovem também enfrentou dificuldades por conta da falta de adaptação. A professora Simone Couto conta que seu primeiro contato com a jovem foi na Apadefi, quando Paola ainda aprendia a lidar com as adversidades.
Apesar de ser educadora de alfabetização, Simone foi além de seu cargo e auxiliou a jovem no desenvolvimento de sua carreira e no mercado de trabalho. Ao receber de sua mãe um equipamento que elabora itens festivos como topo de bolo, convites e decorações, Paola inicialmente não conseguiu utilizá-lo por falta das adaptações necessárias.
Percebendo a demanda, a professora a ajudou na utilização do maquinário, além de indicar fornecedores e clientes para ela. E, percebendo que a falta de acessibilidade foi um impedimento, Simone acredita que a inclusão é necessária em todas as áreas da vida.
“A inclusão e o respeito aos limites físicos, não só na dança, ajudam no desenvolvimento motor, emocional e também social”, disse a professora. (Foto: Divulgação)