O jornalista esportivo Washington Rodrigues, mais conhecido como Apolinho, morreu na noite da quarta-feira (15), no Rio, aos 87 anos. Ele foi um dos maiores comunicadores da história do rádio brasileiro, com passagem pela Globo e Nacional, tendo trabalhado por último como comentarista e apresentador na Tupi. Washington estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, tratando um câncer no fígado.
Desde o início do mês, o estado de Apolinho era muito grave. Apesar de estar lúcido nos últimos momentos de vida, seu tumor era agressivo. O tratamento de quimioterapia foi feito até onde foi possível, mas o estado era irreversível. Ele deixa três filhos e sete netos.
Carreira – Ele começou no rádio esportivo em 1962, na Rádio Guanabara (atual Bandeirantes). O apelido de Apolinho foi dado pelo locutor Celso Garcia, porque ele utilizava na Rádio Globo um microfone sem fio, que muito lembrava os utilizados pelos astronautas da missão espacial Apollo 11 (1969).
A marca de bordões e irreverência se imortalizou durante as décadas de carreira, na qual fez grandes amigos, como o narrador José Carlos Araújo, o Garotinho. Este foi seu principal parceiro em narrações de inúmeras partidas do futebol carioca e da seleção brasileira.. Ao todo, cobriu 11 Copas do Mundo, a primeira em 1970, no México.
Além do rádio, também foi colunista dos jornais O Dia e Meia Hora, e arriscou participações na televisão, provando ser um comunicador completo. O seu programa na Tupi, o Show do Apolinho, havia acabado de completar 25 anos.
Técnico – Nascido no bairro do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 1º de setembro de 1936, ele faleceu durante a partida entre Flamengo e Bolívar, pela Libertadores. Seu time de coração era o rubro-negro, de quem inclusive foi treinador no ano de 1995 — o centenário do clube —, após receber convite do então presidente Kleber Leite, o qual ele tratou como uma “convocação”.
À frente da equipe, comandou 26 partidas, totalizando 11 vitórias, oito empates e sete derrotas. O resultado mais expressivo foi o vice-campeonato da Supercopa Libertadores daquele ano. Em 1998, retornou como diretor-técnico do clube. Depois das aventuras inusitadas, voltou aos microfones do rádio. Na noite de hoje, o Flamengo prestou sua homenagem. Com informações do Extra. (Foto: Divulgação)