O número de mortes de pacientes internados com sintomas de Covid-19, no Hospital Regional Zilda Arns, no bairro Roma, em Volta Redonda, chegou a 44 na segunda-feira. O número foi divulgado na manhã desta terça-pelo prefeito Samuca Silva.
Segundo ele, quatro mortes foram de pacientes moradores da cidade, tendo a mais recente ocorrida na segunda-feira. Ainda segundo ele, 129 pacientes com sintomas de coronavírus deram entrada no hospital, administrado pelo estado, sendo que apenas sete pacientes tiveram alta até agora.
Samuca divulgou as informações depois de comentar a recomendação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para que a cidade não afrouxe as medidas de contenção ao coronavírus, expedida na segunda-feira, que ele classificou como “sensata”. A recomendação vale também para Barra Mansa e Pinheiral.
Ele afirmou, no entanto, que vai tentar sensibilizar os promotores para uma abertura gradual do comércio. “A recomendação é sensata no caso de Volta Redonda. Recomendação se atende ou não, ainda que depois, se não atender, você responda pela decisão, mas estamos dialogando com o MP, entendendo a preocupação”, disse Samuca, alertando que o maior problema da flexibilização é aumentar o número de aglomerações nas ruas.
O prefeito salientou, no entanto, que, na reunião da semana passada com os promotores apresentou uma “proposta técnica”, baseada em seis pontos, entre eles condicionar a flexibilização do comércio a um percentual máximo de ocupação de UTIs (Unidades de Tratamento Intenso) e dos leitos do Hospital de Campanha montado no Estádio Raulino de Oliveira.
“Não adianta [flexibilizar] e o grupo de risco ir para as ruas”, disse Samuca, destacando que o nível de contaminação na cidade parece sob controle. “Mas isso será uma realidade de sempre, com um monitoramento diário”, disse ele. “O fato de não ter paciente em CTI na rede pública nos enche de esperança”, acrescentou.