Gacemss recebe 1ª mostra de curtas-metragens com filmes produzidos por mulheres

A primeira mostra de curtas-metragens acontecerá neste sábado (30) no Teatro Gacemss 2, em Volta Redonda, com filmes produzidos por mulheres. Essa é a estreia da mostra Vozes da Mudança, que faz parte do projeto Poderes em Cena. E é uma mostra não competitiva. O evento acontecerá, às 18h30min, com a classificação de 14 anos. A entrada é gratuita e sujeito a lotação.

Nessa segunda etapa do projeto iniciado pelo OPato Produções, toda a produção do evento será realizado por mulheres e serão exibidos quatro curtas, sendo três deles filmados em Barra Mansa, Volta Redonda e Quatis e um na cidade do Rio de Janeiro. E alguns desses títulos possuem prêmios e seleções para festivais nacionais e internacionais. Após as exibições haverá um bate papo com mulheres profissionais do audiovisual.

Uma das produtoras do evento, Gabriela Sutil, explica a importância da mostra “Durante tempos, mulheres foram distanciadas do audiovisual e desconsideradas para funções dentro do segmento. Felizmente, vê-se um aumento de profissionais mulheres ocupando sets de filmagem, até mesmo chefiando produções. Na narrativa cinematográfica, ainda é comum encontrar personagens sexualizadas, superficiais ou que se limitam a complementar a personalidade do protagonista masculino, portanto, é de muita importância compartilhar narrativas pelo ponto de vista feminino, a fim de mostrar a construção da mulher no cinema, por elas mesmas. Essas vozes que eram silenciadas estão conquistando diariamente lugares que não eram classificados como “lugar de mulher”. A mostra “Vozes da Mudança” é um dos resultados dessa luta constante e serve para reafirmarmos: o lugar da gente é onde a gente quiser.”

Os criadores e organizadores do evento Gabriel Sam e Pedro Bitencourt também falaram um pouco sobre o evento. “Pra mudança acontecer precisa de alguém que de o primeiro passo. E é isso que estamos fazendo. Sutil representa essa nova geração que vem com tudo pra fazer a diferença”, disse Sam. “O audiovisual ainda é muito machista. Estamos mudando esse cenário aos poucos e a mostra é só um degrauzinho pra avançarmos mais um pouco”, completou Bitencourt.

Os curtas exibidos são:

O sublime não se repete (Barra Mansa e Quatis)
Após um crime hediondo, um investigador precisa juntar testemunhos e pistas que o faça entender a caótica mente do jovem responsável pela barbárie.
Direção: Gabriela Sutil e Ana Cruz
A palavra final (Barra Mansa e Volta Redonda)
A filha de juiz e de uma investigadora é sequestrada em meio a um grande julgamento e o casal, recém-separado, precisará se unir para tomar uma decisão certeira.
Roteiro: Maria Queiroga
A casa de Ana (Rio De Janeiro)
Com onze anos de idade, Ana foge da instituição onde vivia e, sem outra opção, se abriga na república onde sua irmã mais velha mora com outras três jovens mulheres. Entre pilhas de louça suja, pacotes de macarrão instantâneo, purpurina colorida, garrafas de cerveja e filmes suecos, Ana aprende algumas lições. E ganha, no processo, uma nova família.
Direção: Clara Ferrer e Marcela De Finis
Efeito platô (Barra Mansa)
Ao voltar de uma viagem a Amazônia, a bióloga Betânia acaba contraindo uma doença misteriosa e vai parar no hospital. No local, médicos e enfermeiros estão correndo contra o tempo, em busca de respostas para a doença. Com o passar do tempo, outros pacientes vão apresentando os mesmos sintomas da doença, e acende o alerta da equipe médica para um surto de uma nova doença. Tudo isso ocorre durante o período eleitoral na cidade e com a negligência da atual prefeita, que tenta a todo tempo minimizar a situação.
Direção e roteiro: Gabriela Araujo