Procurado pela Justiça por tráfico internacional de drogas, André Oliveira Macedo, de 45 anos, conhecido como André do Rap, adquiriu por R$ 22 milhões uma mansão em um condomínio de luxo na Alameda Caieirinha, em Angra dos Reis. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (6) pelo jornalista Josmar Jozino, colunista do portal Uol.
Condenado a 15 anos e meio de prisão por tráfico, André está com pedido de prisão preventiva decretado pela 1ª Vara Criminal de Angra dos Reis desde setembro do ano passado, após pedido da promotora Carolina Motta da Cunha Gonçalves Wienskoski. O processo corre em segredo de justiça. Ele também é procurado pela Justiça de São Paulo.
Segundo as investigações, a mansão que pertenceria a André do Rap em Angra dos Reis foi adquirida em nome de uma mulher de 36 anos, apontada como sua ajudante-geral, que também foi denunciada. Segundo o jornalista, em uma ação judicial em São Paulo, ela disse morar em uma casa humilde na Favela México, na Vila Margarida, em São Vicente, na Baixada Santista.
Ainda conforme o que foi publicado, a escritura da casa milionária foi lavrada no nome da ajudante-geral no 1º Ofício de Justiça do Cartório de Registro de Imóveis de Angra. Na reportagem, o jornalista destaca que André do Rap ainda não tem advogado para defendê-lo das acusações relacionadas à compra da mansão. Sobre outras acusações, a defesa nega o envolvimento dele com o crime.
O pedido de prisão preventiva de André do Rap no Rio de Janeiro foi feito por Carolina Motta da Cunha Gonçalves Wienskoski, promotora de investigação penal de Angra dos Reis, em 13 de setembro de 2021. O processo corre em segredo de justiça na 1ª Vara Criminal.
Solto por ex-ministro do STF – André do Rap foi preso em setembro de 2019 por policiais civis de São Paulo. Ele estava em uma mansão em Angra dos Reis que teria sido alugada por R$ 20 mil mensais. Na ocasião, foram apreendidos um helicóptero avaliado em R$ 7 milhões, um barco de 60 pés de R$ 6 milhões, além de dois jet skis e veículos de luxo.
Ele ficou preso até 10 de outubro de 2020, quando deixou a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), um forte reduto do PCC (organização criminosa com base em São Paulo), pela porta da frente. Ele foi libertado em razão de um habeas corpus concedido pelo então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello.
No entendimento do ministro, o traficante estava preso há muito tempo sem condenação definitiva e, por esse motivo, devia ser solto. Oito horas após ser colocado em liberdade, André do Rap teve o alvará de soltura cassado pelo ministro Luiz Fux, à época presidente do STF.
Assim que saiu da prisão, ele forneceu como endereço uma casa no Guarujá, na Baixada Santista. Porém, desde então não foi mais encontrado.
Na Polícia Federal André do Rap é apontado como responsável por remessas de toneladas de cocaína para a Europa através do porto de Santos. As suspeitas são de que, mesmo foragido, ela continua comandando o narcotráfico. A droga é procedente da Colômbia e Bolívia, onde a polícia suspeita que ele esteja escondido. (Foto: Reprodução / SSP-SP)