Designer de moda encontrada morta em Paraty foi asfixiada, aponta laudo do IML

Thalissa Nunes Dourado, de 27 anos, a designer de moda encontrada morta com um saco plástico na cabeça e com as mãos amarradas, dentro de casa, em Paraty, no dia 5 deste mês, foi asfixiada. É o que confirma o laudo de peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis encaminhado nesta quarta-feira (17) ao delegado Marcelo Haddad.

Ele já adiantou que vai aguardar por exames complementares, esperando que possam indicar, por exemplo, o horário aproximado da morte da designer. Sem entrar em detalhes, preferindo guardar sigilo, Haddad garante somente está próximo da identificação dos responsáveis pela morte. Os investigadores conseguiram imagens de câmeras de segurança da área onde Thalissa morava com uma amiga, no bairro Caborê. Também foram tomados depoimentos de familiares e conhecidos da jovem.

“As imagens já foram analisadas e trouxeram elementos importantes para a investigação. Ouvimos familiares e amigos da vítima, inclusive pessoas que estiveram com ela nos últimos momentos, que estiveram com ela de madrugada”, disse o delegado. A amiga que morava com Thalissa afirmou, em depoimento, que na noite anterior ao crime a designer teria ido a um bar, retornando com sinais de embriaguez, acompanhada por um casal de amigos. Disse ainda que ouviu Thalissa subir sozinha para o quarto, mas que não escutou nada de anormal.

Ela disse também que saiu de casa às 5 horas da madrugada e que, ao voltar, pouco antes de meio-dia, decidiu acordar Thalissa porque ela se atrasaria para o trabalho. Ao abrir a porta do quarto, encontrou a designer morta. O delegado Marcelo Hadad confirmou que, em princípio, amigos de Thalissa pensaram em suicídio, pois ela passava por depressão. O exame da perícia apontou para um crime. “Os elementos que colhemos apontam de forma muito contundente para homicídio. Não há mais dúvidas quanto a isso. Já temos suspeitos do crime que estão sendo investigados”, afirmou Haddad.

Recentemente, Thalissa havia aberto o ateliê Alba, em Paraty, onde produzia peças de vestuário. Ela também trabalhava como professora numa escola de idiomas na cidade.