Especialistas dizem que a tsunami de casos da Ômicron, variante da Covid-19, irá elevar o número de casos no país entre quatro e seis semanas até atingir o pico, seguido por, da mesma forma, queda acentuada. A constatação é feita com base no que já aconteceu em países do exterior. Se o Brasil seguir esse padrão, de acordo com especialistas, o país estaria a duas ou três semanas do pico e, assim, entrando logo em queda.
O primeiro exemplo é a África do Sul que, em 17 de dezembro, atingiu seu auge, com 23 mil casos. Atualmente tem número menor de casos do que nos primeiros dias daquele mês, com 4.636. O Reino Unido já consolidou a mesma curva, embora ainda mantenha um número bem alto de infecções já que a onda chegou depois. De maneira mais recente, Canadá, Austrália e cidades populosas dos Estados Unidos, como Nova York, também já observam o número de casos despencar.
O padrão na curva dos outros países é claro: subida por cerca de cinco semanas e, depois, queda. No Brasil, isso deve se repetir, segundo infectologistas. Na terça-feira (18), o país registrou 132.254 novos casos da doença. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 83.630, a maior marca registrada até então. A marca superou pela primeira vez o pico de junho de 2021 (quando chegou a 77.295).
Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.
Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.