Foi reconhecido como de João Lucas Pinto Campanholi, de 15 anos, o corpo removido no início da manhã desta terça-feira (12) do Rio Paraíba do Sul, no bairro Saudade, em Barra Mansa. Ele estava desaparecido desde domingo (10), quando pulou no rio para tentar pegar uma bola de futebol.
João Lucas era estudante da Escola Municipal Padre Anchieta, da Vista Alegre, onde morava. Ele jogava bola em um campo do bairro. O corpo dele apareceu nos fundos do quartel do Corpo de Bombeiros. Militares da corporação faziam buscas pelo garoto com o auxílio de mergulhadores do quartel da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A morte do adolescente é a segunda tragédia enfrentada pela família, classificada de muito humilde por conhecidos. Em agosto do ano passado, o irmão dele, Josias Gabriel Pinto Alves, de apenas 4 anos, morreu depois de 13 dias internado na Santa Casa de Misericórdia, em consequência de um incêndio na residência deles, na Rua Leonilda da Conceição, também no bairro Vista Alegre.
Naquela ocasião, João Lucas estava na escola quando o incêndio aconteceu. A família ainda reside no imóvel.
João Lucas cursava o 9º ano do Ensino Fundamental. A direção da Escola Municipal Padre Anchieta foi informada que o corpo será liberado para velório, na capela do Cemitério Municipal, ainda na tarde desta terça-feira, e que vai encerrar as aulas do turno vespertino às 15h30min, caso os estudantes, acompanhados de responsáveis, queiram comparecer ao sepultamento, marcado para às 16h, segundo confirmou a administração.
O delegado de Barra Mansa, Rodolfo Atala, se solidarizou com os parentes de João Lucas e alertou para os riscos que representam os rios, em especial o Paraíba do Sul. “Infelizmente não é incomum morte por afogamento nos rios da nossa região. É preciso cuidado com a aparente calma na superfície do Paraíba, pois a correnteza, por ser muito forte nas camadas inferiores e a água barrenta, esconde a profundidade real do rio. Um engano muito grande cometido pelas pessoas é achar que o ponto mais profundo de um rio é o meio dele, o que raramente é verdade. A regra mais simples é não entrar na água se você tem dúvidas sobre os perigos de um determinado lugar. Nossos sinceros sentimentos à família do João Lucas”, afirmou. (Foto cedida por Foco Regional)