Está previsto para a próxima segunda-feira (23), no Fórum de Porto Real, o julgamento do casal Clerison Kelber Martins e Fabrissia Rocha de Alcântara Martins, acusado pela morte, por espancamento, da afilhada Anitta Myllena de Oliveira Reis, de 3 anos, no final de março de 2018. A criança, juntamente com uma irmã, então com 10 anos de idade, estava aos cuidados do casal porque os pais dela, moradores da Vila Elmira, em Barra Mansa, se encontravam presos por tráfico de drogas.
Segundo apurou a polícia na ocasião, Anitta foi espancada pelo padrinho, que foi preso quando levou a criança já sem vida, ao Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real. Foi descoberto que, contra ele, havia um mandado judicial por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
No hospital, ele afirmou aos policiais militares que foram chamados, que tinha dado “alguns tapas” na criança, inclusive na cabeça, como “corretivo”, porque ela estaria fazendo pirraça. O laudo de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança foi espancada até a morte, apresentando lesões na cabeça, braços e pernas. A vítima sofreu traumatismo craniano com lesão encefálica, traumatismo abdominal e lesão renal.
Fabrissa foi presa no dia 4 de abril de 2018, a pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que entendeu ter havido omissão por parte dela em relação à agressão sofrida pela criança. Em seu depoimento, Clerison disse que a companheira não estava em casa, pois teria ido a Barra Mansa. (Foto cedida pela família)