O cantor de Volta Redonda, Romullo Caneda, de 34 anos, vai lançar nesta sexta-feira (2), no Japão, o clipe de sua segunda música de trabalho “Solteirice”. Diretamente do bairro Jardim Cidade do Aço, Romullo já vive há cerca de 3 anos na província de Aichi-Ken, em Obu-shi. Em entrevista ao Informa Cidade, o cantor falou sobre a música, o clipe e, é claro, um pouco da sua vida no país asiático. O videoclipe será lançado no canal oficial do artista no Youtube, o “Cantor Romullo Caneda“, às 20 horas (horário de Brasília).
Fã de Gusttavo Lima, apesar de ter um estilo que caminha para o sertanejo comercial, Romullo se diz bem eclético. “Vou onde as pessoas estão e gosto de falar a língua do povo. Amo o MPB e todos os estilos, mas minha linha comercial hoje é o sertanejo”, pontuou. De acordo com o artista, a música “Solteirice” é uma canção animada, com muito vigor, e cita um término de relacionamento em que o personagem têm dúvidas de que irá encontrar uma mulher tão bonita e sexy quanto a ex. “A música é um ‘piseiro’ (vertente do forró) misturada com batidas de funk. Uma parte da canção diz ‘… será que tem por ai, uma morena com o bumbum empinadinho…’. É um som bem original”, classificou.
O clipe de “Solteirice” será lançado exatamente três meses depois de sua primeira música “10 pras 10”. Segundo Romullo, a nova canção é uma música que foi produzida com muito carinho. “Espero que possa alcançar muita gente que gosta do piseiro. É um som contagiante e espero que o povo curta”, enfatizou. Gravado em Nagoya, o clipe conta com a participação dos dançarinos Jeffrey Sant, Maary Honorato e Amanda Kamizawa, com a participação de Elcio Abe. “O videoclipe é bem dançante, terá coreografia, com as meninas muito lindas e bem produzidas. Além disso, vai ter a participação especial de cena com o também cantor César Valentim e a modelo Luciana Fukuda, onde os dois curtem uma boa paquera. Espero que gostem do projeto, porque tá lindo demais”, destacou.
Estudando marketing, direitos autorais e fonogramas, Romullo também trabalha em uma fábrica de autopeças, onde atua na inspeção e controle de qualidade. Sobre o Japão, o artista classifica um país como um lugar de uma educação “linda”. Além disso, ele diz que teve uma receptividade da população muito boa. “Jamais imaginei um dia morar aqui, mas passou um tempo, surgiu a oportunidade e as coisas no Brasil apertaram, até que eu e minha esposa decidimos migrar para cá com o nosso bebê”, informou.
Trabalho na pandemia de Covid-19 – Como qualquer outro artista pelo mundo, Romullo também sofreu os efeitos da pandemia de coronavírus. Ele se apresentava em alguns bares, casas noturnas e restaurantes, mas, com a disseminação da doença, o governo também teve que diminuir o máximo as aglomerações. “Cantar é o que mais gosto de fazer, mas temos que ter consciência. Faço lives nas redes sociais e participo de eventos para poucas pessoas. Se tivermos a suspeita da doença, são 14 dias de quarentena sem trabalhar e sem receber, já que ganhamos por hora e, caso a gente não trabalhe, não recebemos”, disse.
Paixão pela música – Romullo toca quatro instrumentos: violão, guitarra, baixo e cajón. Segundo ele, a paixão pela música se desenvolveu quando ainda era criança, vendo o primo tocar. “Ficava admirado. Ele me ensinou algumas notas e me emprestava o violão sempre que ia pra igreja. A partir disso, aprendi e nunca mais parei com a música. Hoje agradeço demais ao meu primo, minha primeira influência”, concluiu.
Ouça a música “Solteirice” – https://www.youtube.com/watch?v=0esI8LFnpXA
Ouça a música “10 pras 10” – https://youtu.be/v2Z0OKKgRq0