O Brasil está eliminado da Copa do Catar. Embora tenha sido melhor no segundo tempo e na prorrogação, o time empatou de 1 a 1 com a Croácia no tempo extra, mas acabou derrotado nos pênaltis, por 4 a 2. Rodrigo e Marquinhos não conseguiram converter em gol suas cobranças, enquanto os croatas marcaram em todas, sem necessidade de fazer a quinta cobrança.
Com o resultado, a Croácia está nas semifinais e vai enfrentar o vencedor de Holanda x Argentina, que jogam em instantes também nesta sexta-feira (9).
Jogo truncado – O Brasil não fez um primeiro tempo, onde o jogo truncado predominou. O time começou visivelmente inseguro diante da marcação compacta dos vice-campeões mundiais de 2018. A insegurança foi exposta antes dos 20 minutos, com duas saídas de bola erradas, com Casemiro e Militão, que geraram perigo para o goleiro Alisson.
Ao mesmo tempo, a nossa seleção não conseguiu criar jogadas de real perigo para o adversário nem mesmo com o talento individual, esbarrando sempre na marcação forte e no bloqueio defensivo dos croatas. Estes, por outro lado, também não conseguiam criar jogadas com chances reais de finalização.
Somente aos 41 minutos, numa cobrança de falta por Neymar, Livakovic teve que trabalhar com mais empenho, mesmo assim porque a bola desviou na barreira, mas não o suficiente para enganar o goleiro.
Outra postura – O Brasil tentou impor outra postura no jogo no segundo tempo, quando o goleiro Livakovic se tornou o destaque do jogo. Voltando a campo com a mesma formação, o time se lançou ao ataque e poderia ter aberto o placar logo aos 2 minutos, quando Vini Jr. recebeu a bola na esquerda e passou para Neymar. O atacante girou, mas foi travado na hora do chute. A bola sobrou novamente para Vini Jr, que finalizou cara a cara, mas Livakovic fez a defesa.
O goleiro croata voltou a trabalhar sete minutos depois, quando Richarlison recebeu na entrada da área e encontrou Neymar. A finalização parecia certeira, mas Livakovic novamente fez a defesa, tirando com a perna direita.
Tentando dar um novo ânimo ao time, o técnico Tite tirou Raphinha, que não estava bem, e colocou Antony. Aos 18, outra mudança: Vini Jr. foi substituído por Rodrygo.
Aumentando a pressão, o Brasil viu o goleiro Livakovic se destacar mais uma vez aos 20 minutos. Ele abafou a conclusão de Paquetá, que recebeu bom passe de Neymar. Parecia que o gol brasileiro estava amadurecendo e seria questão de (pouco) tempo. O goleirão croata voltou a se destacar aos 34, desta vez em outra conclusão de Lucas Paquetá.
Com o jogo caminhando para os minutos finais, Tite recorreu a Pedro para tentar quebrar a resistência croata. Ele entrou no lugar de Richarlison, apagado no jogo em razão da dificuldade do ataque brasileiro de criar jogadas para o atacante finalizar. Mas até o final do tempo regulamentar, o Brasil continuou penando para realizar jogadas que permitissem alguma finalização realmente perigosa. Assim, o jogo foi para a prorrogação.
Ataque x defesa – O primeiro tempo da prorrogação foi uma espécie de ataque do Brasil contra a defesa da Croácia – com exceção de uma grande jogada dos croatas. Aos 12 minutos, Petkovic fez linda jogada pela esquerda, passa por dois brasileiros e deixou na medida Brozovic, que finalizou de forma bisonha, muita acima do gol.
Melhor para o Brasil que, depois de muito insistir chegou ao gol. Já no finalzinho do primeiro tempo da prorrogação, Neymar tabelou com Rodrygo e com Paquetá, recebeu na área, driblou o goleiro e, quase sem ângulo, mandou pelo alto para o fundo rede. Alívio geral e sentimento de que a vitória estava garantida.
Ledo engano. Sabe-se lá de onde, aos 11 minutos, os esgotados croatas conseguiram o empate, na única finalização em toda a partida em que acertaram. Modric pegou a bola no meio de campo e passou a Vlasic, que achou Orsic na esquerda, com a defesa brasileira toda desmontyada. O atacante cruzou rasteiro e Petkovic pegou de primeira, chutando de perna esquerda. A bola ainda desviou em Marquinhos, fazendo o goleiro Alisson pular atrasado: 1 a 1.
Os pênaltis – Na cobrança de pênaltis, o Brasil abriu a série, já perdendo a cobrança de Rodrygo, enquanto a Croácia não perdeu nenhuma. Até que Marquinhos cobrou e a bola bateu na trave. Fim da disputa, fim do sonho do hexa no Catar. (Foto: Divulgação / Fifa)