Angra 2 fará manutenção programada e vai substituir 28 toneladas de urânio

A usina nuclear Angra 2, em Angra dos Reis, será desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN) a partir de segunda-feira (25) para uma manutenção programada. Ao todo, o procedimento vai movimentar cinco mil profissionais brasileiros e estrangeiros.

Os reparos incluem a troca de 28 toneladas de urânio usado como combustível. A cada parada anual de reabastecimento, parte do combustível é retirado do reator nuclear e armazenado em piscinas localizadas dentro das próprias usinas, permanecendo por lá para resfriamento, no mínimo, por dez anos. Em seguida, o material é transferido para a Unidade de Armazenamento

Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), localizada na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.
Os reparos estão previstos para durar um mês e vão ocorrer 24 horas por dia. Além de fazer manutenção em equipamentos, a pausa é aproveitada para realizar inspeções em mecanismos que não podem ser isolados durante a operação da usina.

O urânio que será substituído está armazenado em 52 elementos combustíveis. No total, o reator de Angra 2 tem 193 elementos. Estão previstas também a revisão do gerador elétrico principal e a inspeção do vaso de pressão do reator nuclear. Foram contratadas 1,3 mil pessoas para as tarefas.

“Todas as atividades são realizadas com precisão e qualidade para manter a altíssima confiabilidade de Angra 2. Um empreendimento deste porte só é viabilizado com muito planejamento e dedicação de todas as áreas da Eletronuclear, evitando ainda acidentes de trabalho”, afirma Fabiano Portugal, superintendente de Angra 2.
A usina de Angra 1 também vai passar por reparos programados. No final de outubro um terço do seu combustível nuclear será recarregado e ainda serão feitas 4,8 mil inspeções, reparos e modificações no projeto.

“As paradas ocorrem, aproximadamente, a cada 14 meses e são organizadas com pelo menos um ano de antecedência, levando em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do SIN”, detalha Abelardo Vieira, superintendente de Angra 1. (Foto: Divulgação)