Um queijo produzido em Valença ficou entre os 12 melhores do Mondial du Fromage 2023, competição internacional realizada em Tours, na França, entre os dias 10 e 12 deste mês. Produzido pela queijaria artesanal Capril do Lago, o caprinus ficou em sétimo lugar no concurso, o único queijo não europeu na última fase.
“Foi uma grande surpresa para mim quando vi o resultado”, diz Fabrício Vieira, de 47 anos, empreendedor por trás do produto. “Somos uma queijaria artesanal pequena, com oito pessoas, que produz dez quilos de queijo por dia”, disse ele.
O envolvimento da empresa com queijo é recente. Vieira começou a produzir o derivado do leite em 2020, na pandemia, usando a geladeira da própria casa. Mas, aos poucos, a produção foi se profissionalizando.
Feito com a mesma técnica usada no pecorino, mas trocando o leite de ovelha pelo de cabra, o caprinus usa massa cozida e prensada. Ele ainda é maturado por um ano, período em que passa por escovação diária. No total, são necessários 17 litros de leite para fazer um quilo do queijo.
Todo o processo faz o caprinus ter um gosto mais leve e picante. Segundo o produtor, o sabor combina bastante com talharim feito direto no queijo ou com salmão defumado.
O prêmio conquistado na França é o terceiro que o queijo da Capril do Lago venceu. Em 2022, conquistou a medalha de prata na categoria de massa prensada cozida do Mundial do Queijo do Brasil. No prêmio Queijo Brasil de 2023, em Blumenau, também foi premiado, segundo o produtor.
Depois do anúncio dos vencedores, na terça-feira (12), pedidos pelo queijo dispararam. “Não tinha visto nada parecido antes”, comemorou Vieira.
Atualmente mais de 100 pessoas estão em uma lista de espera para comprar o produto, vendido a R$ 220 por quilo. Os interessados precisam entrar em contato com a empresa pelo Instagram para conseguir uma vaga na lista de espera. (Foto: Divulgação)