Protetores de animais de Laje do Muriaé, no norte do estado do Rio, estão denunciando o envenenamento de cães e gatos na cidade – que conta com pouco mais de sete mil habitantes, segundo o Censo divulgado este ano.
Nos últimos dias, 31 animais podem ter sido vítimas de envenenamento. Na segunda-feira (3), uma cadela foi encontrada morta no bairro Nova Laje. No sábado (1º), uma protetora encontrou um cão agonizando no Centro. O cão foi levado para uma clínica veterinária.
A mesma sorte não teve Duque, de 15 anos, socorrido também quando no Morro do Querosene. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Segundo os protetores, de todos os casos identificados, apenas três cães sobreviveram. Cães e gatos apresentaram sintomas de envenenamento, como fraqueza, convulsão e salivação excessiva. A maioria vivia nas ruas, mas, de acordo com o Projeto Animal (integrado por protetores de animais), há relatos de pelo menos dois pets envenenados no quintal das residências de seus tutores.
“Estamos com medo. É uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece. Vou colocar câmeras de monitoramento na porta de casa para evitar que mais animais sejam envenenados. Eu tinha cinco cães e perdi dois”, lamentou ao jornal Extra a protetora de animais e estudante de fisioterapia Victória de Resende Grado.
Outro participante do projeto, o jornalista Heraldo Galliters, afirmou que o clima na cidade é de revolta. Ele publicou nas redes sociais o número do telefone do Disque Denúncia (21-2253-1177). A pessoa precisa se identificar.
A delegacia de Laje do Muriaé abriu inquérito para apurar os casos, mas, até o momento, nenhum dos cães ou gatos teve vísceras retiradas para exame de laboratório. (Foto: Reprodução)