VR: moradores pedem providências urgentes e fecham a Rodovia do Contorno em protesto

Um protesto contra os frequentes e graves acidentes na Rodovia do Contorno, em Volta Redonda, está sendo realizado por moradores na manhã deste domingo (29). O ato ocorre em frente ao condomínio Jardim Mariana após o último acidente, ocorrido na tarde de sábado (28) – e talvez o mais grave de todos – matar quatro pessoas da mesma família, incluindo um bebê, e ferir gravemente uma criança de 8 anos. O menino irá completar 9 anos na segunda-feira (30) e teve que amputar a perna no Hospital São João Batista.

Com faixas e cartazes, moradores estão fechando a pista, e reivindicam providências das autoridades responsáveis para que algo seja feito no local a fim de evitar novos desastres. Pouco mais de cinco anos depois de sua inauguração, a estrada, de apenas nove quilômetros, se tornou a nova “rodovia da morte” na região – título que coube à BR-393 (Lúcio Meira), na década de 1980. Pelo mesmo motivo, banal e inaceitável: a falta de manutenção.

Um laudo elaborado por técnicos da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (SMTU) apontou que rachaduras no asfalto fazem emergir uma espécie de lama (argila), deixando a pista extremamente escorregadia em caso de chuva.

Diz a informação, divulgada pela prefeitura: “Segundo o laudo, produzido a partir de uma vistoria técnica realizada no último dia 22 de novembro [de 2022], o pavimento da rodovia tem graves problemas como afundamentos, fissuras, trincas e rachaduras ‘couro de jacaré’. Este tipo de defeito, que antes era localizado próximo ao Residencial Jardim Mariana, no Km 3,8, se alastrou ao longo da via, em especial no Km 8, onde ocorreu a remoção superficial do revestimento asfáltico”.

E prossegue :“Ainda de acordo com o levantamento, por causa das trincas, há um bombeamento de um fino material que compõe a base do pavimento em diversos trechos. Por isso, sobre a pista é criada uma camada de lama, mesmo em dias sem chuva, provocando a perda do controle dos veículos pelos condutores e aumentando o risco de colisão frontal”.