A audiência de mediação realizada pela 5ª Vara Cível de Volta Redonda, para tratar do futuro das linhas municipais da Viação Sul Fluminense – que teve a falência decretada judicialmente no dia 20 do mês passado – foi marcada para uma surpresa: a presença de um representante da empresa Expresso Planalto, de Minas Gerais, que demonstrou interesse em participar do processo.
A audiência, realizada na tarde da quinta-feira (6), foi conduzida pelo juiz Alexandre Custodio Pontual, o mesmo que decretou a falência, e teve a participação de representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), do administrador judicial da Sul Fluminense, da Procuradoria-Geral da prefeitura de Volta Redonda, do presidente do Sindpass (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), Paulo Afonso Paiva Arantes, e de advogados representantes de outras partes envolvidas no processo.
A discussão do futuro das linhas operadas pela Sul Fluminense terminou sem uma conclusão, com o magistrado determinando uma nova audiência no prazo de cinco dias úteis. Porém, o debate se concentrou em torno da capacidade de outras empresas assumirem as concessões da Sul Fluminense em um lote único – o que significa operar não só os itinerários que ainda estão sendo cumpridos pela empresa, mas também aqueles que, provisoriamente, estão sendo operados por outras empresas, como a Viação Elite – ou no fracionamento dos lotes.
Segundo foi apurado, a empresa mineira se apresentou como capaz de, vencendo o leilão judicial das linhas, cumprir duas condições defendidas pela Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (SMTU): que a frota média dos ônibus tenha idade média superior a cinco anos e equipada com GPS compatível com o sistema de transporte urbano de Volta Redonda e que assuma as linhas em um único lote, de forma a se obter modicidade na tarifa praticada, por considerar como essenciais estas medidas para beneficiar os usuários. Este deverá ser o ponto central da próxima audiência, na semana que vem.