Um parente dos dois homens assassinados no último sábado (10), em Paraty, porque supostamente teriam envenenado um cão do acusado do crime, negou o fato nesta segunda-feira (12). Euller Hipólito, filho de Eduardo Ribeiro, de 53 anos, e sobrinho de Edmar Ribeiro, de 57, encaminhou um vídeo para a TV Rio Sul, no qual afirma que os irmãos – donos de um restaurante no bairro Areal do Taquari, onde ocorreu o duplo homicídio – haviam dedetizado o estabelecimento, mas não está comprovado sequer que o animal morreu por ter comido algo contaminado.
De acordo com Euller, o suspeito é vizinho do restaurante e a cadela era constantemente vista no estabelecimento. Também segundo ele, o suspeito teria o hábito de ficar no quintal de casa “com sua arma na mão”.
– Meu pai e meu tio foram assassinados injustamente por um cara cruel, um cara que vivia dentro do seu quintal com a sua arma na mão, fazia questão de ficar mostrando sua arma para todos e eu acho que ele tinha em seu coração o desejo de arrancar a vida de alguém. O meu pai, por ser um empresário e trabalhar com o ramo de alimentação, precisava manter o controle das pragas e, por isso, dedetizou o restaurante. O cachorro desse homem, que assassinou o meu pai, vivia solto pela rua. Ele pode ter morrido por qualquer coisa ou comido qualquer coisa na rua (…) – disse o filho de Eduardo em vídeo encaminhado à emissora.
Já o delegado de Paraty, Marcello Russo, informou que o inquérito já está concluído, com pedido de prisão preventiva do suspeito. Segundo o que foi apurado pela Polícia Civil, uma semana antes os donos do restaurante colocaram veneno na parte externa do restaurante para matar ratos e formigas. Embora não haja confirmação, existe a hipótese de que a cadela, de nome “Chica”, tenha ingerido o veneno, morrendo intoxicada.
O delegado disse ainda que a mulher do suspeito foi ouvida. “Nós também constatamos pelo depoimento da esposa do suspeito, que disse que quando ouviu os disparos pensou que ele estava praticando tiros no quintal, como de costume, porque ele possui duas armas de fogo registradas em seu nome e costumava praticar disparos no quintal. Quando ela corre para fora da casa, observa o marido fugindo em direção oposta à sua residência”. (Foto: Reprodução / Arquivo pessoal)