No último dia 20 de março, as duas empresas vencedoras das licitações para tocar os projetos de Mobilidade Urbana em Volta Redonda iniciaram a montagem dos respectivos canteiros de obras na cidade. De lá para cá, os trabalhos saíram do papel e se espalham pela cidade em velocidade cada vez maior. Ciclovias, asfaltamento, novas calçadas, uma nova ponte sobre o Rio Paraíba e a instalação de iluminação de LED já estão em andamento. Com isso, o mês de julho fecha com 200 novos empregos diretos gerados na cidade somente através desta parceria entre a Prefeitura de Volta Redonda e o Governo do Estado.
Ao final das obras, com tudo pronto, a expectativa é que a cidade esteja profundamente transformada em sua infraestrutura, mas mesmo antes da conclusão dos trabalhos a retomada de postos de trabalho está ajudando a transformar a realidade de muita gente para melhor. Um dos novos empregados é Antônio Carlos da Silva Valentim, de 43 anos, morador do bairro Retiro. Atualmente trabalhando na construção da nova ponte ligando o Aterrado (Fórum) até a Radial Leste pelo Aero Clube (Kartódromo), Valentim destacou que ficou por meses desempregado até surgir a oportunidade de voltar ao mercado de trabalho.
– Eu cheguei a sair de Volta Redonda para tentar um emprego, até que fiquei sabendo da chegada destas obras e vi que teria um processo de contratação aqui no canteiro de obras. Deixei meu currículo e me ligaram. Estas obras abriram as portas para eu voltar a trabalhar. Estou em uma empresa boa, que paga direitinho e nos valoriza. Hoje consigo de novo levar comida para minha casa. Quem nunca passou aperto não sabe o quanto isso é importante – disse Valentim.
‘Uma moral em casa’ – Alisson da Silva tem 20 anos e está há dois meses trabalhando nas obras de mobilidade urbana. “Vim entregar um currículo para tentar um emprego, tentar desenvolver um pouco do que eu sabia. Me deram essa oportunidade e eu sou muito grato por poder estar aqui, por poder ‘dar uma moral em casa’ e ajudar a pagar as contas”, disse o jovem, que espera poder seguir no mercado de trabalho com mais regularidade. “Tomara que venham mais obras, mais serviço e eu possa estar junto. É bom trabalhar, bom estar longe das ruas e com um emprego”, afirmou.
Quarenta anos mais velho que Alisson, Luiz Cláudio da Silva mora no Santo Agostinho e afirmou que a chegada do emprego garante mais dignidade para sua casa, onde mora com a esposa, o filho e uma neta. “Agora consigo levar o pão de cada dia para casa. Tem que ter onde trabalhar e o emprego não estava aparecendo. A cidade estava totalmente parada. As pessoas olham a gente desempregado e pensam que a gente não quer trabalhar. Não é assim. Apareceu esse emprego da obra e eu peguei, ‘tô’ firme e satisfeito”, garantiu.
Mais empregos em breve – O projeto de Mobilidade Urbana reúne um conjunto de obras que preparam a infraestrutura de Volta Redonda para o futuro. Boa parte destas ações já estão em andamento, mas outras obras ainda estão sendo apenas iniciadas. Quando todas as obras estiverem em execução, a previsão é que mais centenas de empregos sejam gerados.
É o caso do viaduto que vai ligar o Jardim Amália (BR-393), próximo ao antigo restaurante Casarão, até o Fórum do Aterrado. O viaduto vai sair justamente no trecho em que está sendo feita a nova ponte que vai até o bairro Aero Clube, sendo uma das maiores obras previstas no plano de Mobilidade Urbana.
Da mesma maneira, ainda está em fase inicial a construção da alça do Viaduto Heitor Leite Franco, que vai dar opção para que os motoristas vindos da Colina em direção ao Aterrado desçam pela Rua do Canal, em frente a Funerária Municipal. Um terceiro viaduto vai ser construído na Avenida Nossa Senhora do Amparo, ligando diretamente os carros vindos do bairro Niterói ao Retiro, sem a necessidade de passar pelos canteiros que ficam em frente ao batalhão da Polícia Militar. (Foto: Cris Oliveira / Divulgação)