Uma professora da rede pública de Barra Mansa foi detida, na manhã desta quinta-feira (30), durante manifestação da categoria no pátio do Campla (Centro Administrativo Luiz Amaral), no Centro da cidade. A detenção foi feita pela Guarda Municipal. Os agentes alegam que ela teria desferido um tapa no rosto de um dos agentes e rasgado sua farda.
Um vídeo da detenção (veja ao final do texto) circula nas redes sociais, mostrando o momento em que os guardas reagem contra a professora. Ela, por sua vez, resiste em ser colocada em uma caminhonete da Secretaria Municipal de Ordem Pública para ser levada à delegacia de polícia.
Os professores municipais de Barra Mansa estão realizando uma paralisação parcial nesta quinta-feira. Eles programaram uma concentração no pátio da prefeitura para reivindicar melhorias para a categoria.
Segundo o diretor do Sindicato Estadual dos Professionais de Educação (Sepe), Carlos Roberto de Almeida, o Beto, os professores enfrentam dificuldades nas escolas. “Temos escolas onde os professores são obrigados a levar papel higiênico. Faltam materiais básicos. Os funcionários recebem um salário base de R$ 998. Muitos acabam recebendo menos de R$ 500 líquidos, considerando os descontos. E o prefeito [Rodrigo Drable], por conta própria, prometera abono para uma parcela, mas, ao que parece, ficou na promessa, pois não chegou ao contracheque dessa parcela mais sacrificada dos servidores públicos”, disse ele em entrevista ao jornal A Voz da Cidade desta quinta-feira.
Segundo também o professor e sindicalista, os funcionários recebem vale-alimentação de R$200. “Ocorre que, há um desconto em folha de R$ 117, sobrando somente R$ 83, que todo mês atrasa para ser creditado no cartão. O prefeito não está cumprindo a lei do piso do magistério. Nega o reajuste que deveria ocorrer em janeiro”. (Imagem: Reprodução)