A Petrobras anunciou na sexta-feira (29) que seus preços de venda de gás natural para as distribuidoras terão aumento médio de 19% a partir deste domingo (1º), em relação aos valores praticados entre fevereiro e abril. A alta anunciada veio próxima à estimativa da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), que projetava um aumento médio de 17%.
O produto é matéria-prima do GNV (Gás Natural Veicular), do gás de cozinha encanado e é fonte de energia para diversos setores da indústria. Para botijão, o valor de referência é o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
Segundo a Petrobras, o ajuste segue a atualização de fórmulas acordadas em contrato com as distribuidoras, com base na variação dos preços do gás, do petróleo Brent e da taxa de câmbio. “A atualização trimestral dos preços do gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência”, disse a estatal em nota.
A empresa acrescentou ainda que o preço final do gás natural ao consumidor também é influenciado pelas margens das distribuidoras e pelos tributos federais e estaduais. No caso da indústria consumidora de gás, a Abrace havia calculado um impacto de 9%, em média, do reajuste a partir de maio.