O ex-prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, pode ser candidato ao governo do estado do Rio, diz matéria publicada pelo jornal O GLOBO.
A matéria que está na edição online do jornal, cita o nome de Samuca como alternativa do PODEMOS ao governo do estado em 2022, para que o candidato à presidência, o ex-juiz Sérgio Moro, tenha um palanque no Rio de Janeiro, já que as circunstâncias tem encaminhado para Bolsonaro ter o apoio de Castro (atual governador) e Lula ter o apoio de Freixo (deputado federal).
No texto o jornal afirma: “A pressão do presidente Jair Bolsonaro para influenciar a montagem de palanques estaduais pode impulsionar a migração de partidos hoje aliados ao governador Cláudio Castro (PL) para candidaturas rivais na disputa pelo governo do Rio. Após a filiação do presidente ao PL, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, assumiu o papel de avalizar candidaturas e tornou-se um articulador informal da legenda, que tem como lideranças no Rio o deputado federal Altineu Côrtes e o senador Carlos Portinho. Por meio do filho, Bolsonaro busca vetar alianças com siglas que lançarão outros candidatos à Presidência.
O primeiro escalão do governo Castro tem ao menos três representantes de partidos nessa situação: os secretários estaduais de Trabalho, Patrique Welber (Podemos), de Obras, Max Lemos (PSDB), e de Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha (PDT). Castro mantém ainda, como secretário da Representação em Brasília, o ex-deputado André Moura, que deve se filiar ao União Brasil e concorrer ao Senado por Sergipe com apoio do governador Belivaldo Chagas (PSD).
Lemos e Welber, por serem mais próximos às cúpulas de seus partidos e apoiarem, respectivamente, João Doria (PSDB) e Sergio Moro (Podemos) à Presidência, são os principais alvos da pressão de Bolsonaro. Ambos vêm negando que o cenário nacional os afastará do governo. Cláudio Castro tenta sustentar os secretários para evitar deserções na base, que considera importante para a campanha de reeleição, mas alguns aliados do governador já admitem que haverá trocas em cargos no primeiro escalão antes do prazo de desincompatibilização eleitoral, em abril.
No caso do Podemos, uma ala do partido tenta aproveitar a brecha para emplacar uma candidatura ao governo no Rio. Outra opção avaliada é lançar o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, ao Senado. Moro vê com bons olhos a candidatura majoritária do general, de quem se aproximou quando foi ministro da Justiça.
Também já circulou no Podemos, mas ainda de forma preliminar, a hipótese de apoiar ou tentar filiar o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). Ele não decidiu se disputará o governo ou o Senado e, embora mostre simpatia por Moro, tem reafirmado a correligionários que acha inviável dividir palanque no primeiro turno com desafetos de Bolsonaro”.
E O GLOBO finaliza a análise sobre o PODEMOS com a seguinte informação:
“Outro possível nome ao governo pelo Podemos, sob pretexto de garantir palanque a Moro, é o ex-prefeito de Volta Redonda Samuca Silva”. O jornal informa, ao mesmo tempo, que mesmo estando no poder, ele tentou e não conseguiu se reeleger em 2020. Perdeu para o atual prefeito, Neto (DEM), hoje aliado de Cláudio Castro.
Samuca Silva, com a máquina na mão nas eleições de 2020, ficou em terceiro lugar, com cerca de 13 mil votos, enquanto Neto obteve mais de 85 mil, entre 14 candidatos, ganhando no primeiro turno.
Recentemente, o ex-prefeito Samuca Silva, sumiu de suas redes sociais, ao mesmo tempo que suas contas estavam sendo cotadas pra serem julgadas pela Câmara de Vereadores. Em quatro anos de governo, o ex-prefeito teve três contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas (2018, 2019 e 2020). No meio político, amigos do ex-prefeito comentam que Samuca teria o sonho de ser governador ou presidente da república.