Procurado pela polícia como suspeito de envolvimento no assassinato do técnico de refrigeração Francisco Carlos Sciotta da Silva Junior, o Juninho, de 34 anos, em dezembro do ano passado, Bismark Pereira de Souza se entregou na delegacia de Volta Redonda na tarde deste sábado (24), conforme havia anunciado que faria. Acompanhado de parentes e de um advogado, ele chegou à sede da 93ª DP às 13h55min.
Bismark é o atual companheiro da advogada Leydiane Cristina Pereira, de 36 anos, que também está presa.
Segundo a polícia, a ex-companheira da vítima seria a “mentora intelectual” do crime. Apontado também pela polícia como executor do crime, Willian da Silva também foi preso. Os três tiveram a prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de Volta Redonda. Em entrevista ao site Foco Regional, na manhã deste sábado, Bismark afirmou que vai provar sua inocência. Disse que nem ele nem sua mulher teriam motivos para assassinar o técnico em refrigeração. Após a publicação da reportagem, a irmã de Bismark, a engenheira civil Tamires Souza, que estava em Minas Gerais, também entrou em contato com o jornal para dizer que confia na inocência dele.
Ela contou que, após a deixar a prisão, até conseguir um emprego numa empresa que presta serviços à CSN – de onde teria sido demitido depois de seis meses, por sua condição de ex-presidiário – Bismark trabalhou com ela numa construtora e que sempre seguiu as restrições impostas pela Justiça quando foi solto usando tornozeleira eletrônica. “Eu mesma assinei um laudo para que ele pudesse trabalhar, pois ele não podia ficar fora de casa a partir de um certo horário.
“Ele ia e voltava comigo”, disse Tamires. De acordo com ela, quando Bismarck e Leydiane começaram a namorar, a advogada é que ia à casa dele para os dois se encontrarem, porque, disse ela, devido à tornozeleira, ele não podia sair de sua residência. Ainda segundo a irmã, depois que foi solto Bismark passou a frequentar um curso de ajudante de elétrica, o que possibilitou que conseguisse o emprego na prestadora de serviços da CSN, através do pai, que também é funcionário da empresa.