A Polícia Civil decidiu afastar temporariamente um agente acusado de matar uma cadela de sete meses, na tarde da última segunda-feira (19), na frente de seus donos, no Rio. Segundo a polícia, ele ficará afastado de suas funções até que o inquérito seja concluído e enviado à Justiça. O animal pertencia a um casal de artistas circenses e foi morto na Praça da Bandeira.
A colegas, o policial afirmou que só queria se defender de cachorros que teriam avançado contra ele. Também em depoimento, ele confirmou que atirou no animal por temer ser mordido. Publicamente, o agente não se pronunciou. Segundo a Polícia Civil, a corporação “não compactua com esse tipo de atitude” e o agente só voltará às suas funções quando tudo for esclarecido.
A cadela, de nome Malu, tinha sete meses e estava com os donos durante um treino circense numa praça pública, próxima à casa do agente. Em entrevista ao jornal carioca Extra, o artista circense colombiano Fabian Sanchez, de 22 anos, e a malabarista Mayumi Boletlho Bataches Rodriguez, de 21, negaram que tenha havido um motivo para que o agente matasse o animal.
Fabian, que vive no Brasil há quase três anos, disse que tudo aconteceu muito rápido. Segundo ele, o agente saiu de casa apontando a arma para ele e outras três pessoas, dizendo que eles eram “maconheiros e que não poderiam ficar ali”.
– Ele já tinha um problema com o pessoal do circo que frequenta aqui. Ele nunca teve problemas diretamente com a gente – disse o colombiano.
Segundo a versão do dono, o policial da Core ainda agrediu outra cadela. “Estamos treinando no Rio Comprido e descemos para almoçar na Praça da Bandeira. Depois viemos treinar. Colocamos as mochilas e logo em veio gritando ‘e aí, seus maconheiros, vocês não podem ficar aí’. Ele já veio com a pistola, apontando para nós e os cachorros. Os cachorros – a Malu e a Tormente – latiram para ele de longe. Em seguida, ele deu uma coronhada na Tormenta e atirou na Malu. Ele mesmo disse que iria atirar. E atirou. Nem falou nada. Foi tudo muito frio”. (Foto: Reprodução)