A delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (27). Dos 11 ministros, seis manifestaram contra a votação no plenário virtual do STF. Quatro votaram a favor da utilização da delação do ex-governador do Rio de Janeiro, negociada pela PF sem a participação do Ministério Público Federal (MPF).
Os ministros que votaram para derrubar a delação foram Edson Fachin (relator), Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux. Já os que votaram para manter foram Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia.
O ministro Dias Toffoli foi citado por Sérgio Cabral, que o acusou de receber propina para atender pleitos de prefeitos de cidades do Rio de Janeiro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Portanto, não deve se manifestar contra nem a favor da delação.
Preso desde 2016, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral já foi condenado a 346 anos, 9 meses e 16 dias de prisão. São 18 sentenças já proferidas contra o político. Cabral pretendia, com o acordo, conseguir cumprir pena em casa.