Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o pedido de investigação da Polícia Federal contra o seu colega, ministro Dias Toffoli, após ser citado em uma deleção do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
A justificativa de barrar a investigação foi de acordo com manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre as delações de Cabral. A Procuradoria entrou com recurso em 11 de fevereiro contra o depoimento, por suspeitar que o ex-governador continua ocultando valores recebidos por meio de propina e corrupção.
Também foi proibida pela ministra novas investigações com base no depoimento – que embasou o pedido de investigação da PF – até julgamento do processo pelo Plenário do STF, no dia 21 de maio. O acordo de delação premiada do ex-governador acusa o ministro Dias Toffoli de ter recebido R$ 4 milhões para favorecer dois ex-prefeitos da capital carioca – Antônio Francisco Neto, de Volta Redonda -, e a então prefeita de Bom Jesus de Itabapoana, em processos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com base nesta delação, a PF pediu no dia 11 de maio a abertura de inquérito contra o ministro.