Nádia Cambraia e Luciana Adriele, protetoras independentes de animais de Volta Redonda, promovem uma campanha para ajudar os protetores Mirian e André Moreira, que possuem um abrigo de animais em Piraí. O trabalho, considerado por muitos protetores da região como um serviço de amor, excelência e utilidade pública, já persiste há mais de 20 anos. Ao todo são 129 cães e 4 gatos, a maioria sem raça definida (vira-lata). As protetoras informaram que a única renda do casal é proveniente do salário de professor do André, marido de Mirian, pois ela, que já foi empresária no ramo de noivas e salão de beleza, encontra-se sem condições de sair para trabalhar em razão do grande número de animais que necessitam de sua total dedicação e atenção integral, como horário de remédio controlado, troca de fralda e fisioterapia em casa.
Segundo elas, Mírian abriu mão de tudo para se dedicar à causa animal. Grande parte desses animais foram resgatados na Via Dutra, onde animais são abandonados, amarrados ou soltos por seus tutores próximos ao trecho onde encontra-se a propriedade do casal. Alguns animais possuem deficiências devido a atropelamentos após serem lançados de carro em movimento, ou atropelados na própria Via Dutra. Outros foram resgatados no Centro de Piraí, também em situação de abandono e enfermidades e alguns amarrados na porta do abrigo, inclusive cadelas prenhas ou mãe com seis filhotes.
O abrigo, que não é uma ONG, fica às margens da rodovia e precisa de todo tipo de ajuda mensal, como rações para cachorros e gatos, materiais de limpeza, de construção e recursos financeiros para quitar clinicas veterinárias da região, onde os animais são castrados, vacinados e passam por tratamentos de saúde e cobertores, mantas ou colchaozinhos pois o frio está chegando e mantê-los aquecido é importante. O casal não recebe nenhum recurso da prefeitura e nem da concessionária que administra a rodovia. Todo o custo é pago parcialmente pelo marido de Mirian, que trabalha em mais de um emprego e tem comprometido quase toda a sua renda na compra de ração e remédios, conseguindo manter apenas 20 dias de alimentação com ração de qualidade inferior ao que gostariam de fornecer. No restante do mês, eles dependem de doações de voluntários e amigos.
Ainda de acordo com as protetoras, os animais consomem 30 kg de ração por dia, se alimentando apenas uma vez ao dia. Mirian faz rifas e conta com a colaboração desses voluntários. Antes, Mirian e André conseguiam manter as despesas e poucas pessoas conheciam seu trabalho de dedicação aos animais, porém a situação de abandono piorou expressivamente após a pandemia, o que foi agravado também com o aumento assustador do preço da ração e dos medicamentos que são de uso contínuo de vários animais.
As protetoras ressaltaram que, quando o resgate é de filhotes, a adoção torna-se mais fácil, porém, os adultos, idosos e com doenças crônicas ou deficiência são rejeitado e ficam definitivamente no espaço. Segundo elas, devido ao grande número de resgatados, o casal dividiu o terreno da propriedade em vários espaços cercados, para diminuir as brigas que eram constantes e evitar possíveis tragédias. As estruturas do local precisam ser reparadas com urgência devido às chuvas do início do ano e desgastes com o tempo. É de extrema importância trocar as estruturas danificadas e investir na manutenção das mesmas pensando na segurança e integridade dos animais pois, se escapam, podem brigar entre si e fugirem para a Dutra, correndo o risco de serem atropelados e mortos.
O local também necessita de voluntários que possam doar seu tempo ajudando a roçar e consertar as estruturas, pois o serviço público da prefeitura não pode trabalhar em espaço privado. De acordo com as protetoras, o carro Gol 2001 de Mirian, que é usado para transporte dos animais encontra-se na oficina há mais de um ano, parado sem condições de pagarem pelo conserto, o que dificulta leva-los para tratamento, dependendo de voluntários com transporte solidário já que o local é uma área afastado das clínicas. “Precisamos com urgência também de um carrinho para um cão deficiente que se arrasta. O casal vive de forma simples, desprendidos e escolheram se dedicarem a cuidarem dos animais numa missão de respeito e amor, porém o número de animais tem aumentado consideravelmente nos últimos meses e as doações tem se tornado cada vez mais escassas pelas dificuldades que o país vem enfrentando, precisando neste momento da ajuda, esforços de todos que puderem ajudar”, pediram, acrescentando.
– Diante da escassez de insumos importantes para manter o abrigo, o casal, que optou em assumir a responsabilidade de cuidar desses animais com dignidade, pede a nossa ajuda e de pessoas que se sensibilizem com a causa na busca de alternativas para garantir a manutenção e o sustento dos animais que possuem muito amor, dedicação e carinho do casal, que estão angustiados com a falta de recursos que garantam a qualidade de vida que os animais merecem. Importante reforçar que com o aumento expressivo de abandonos, os animais resgatados precisam de ajuda todo mês, pois, principalmente, os tratamentos em clínicas veterinárias são muito caros. Infelizmente, devido a essa situação, estão impossibilitados de resgatar e ajudar outros animais, tendo que fechar os olhos para os novos casos. Quem quiser e puder ajudar com qualquer valor pode entrar em contato com Nádia (24)98134-6306, Luciana (24)98824-3711 ou com Mirian (24)99904-8323. O PIX de Miriam Moreira Gomes de Vasconcelos é o CPF: 805.652.127-53.