O presidente da FOA (Fundação Oswaldo Aranha) e UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), Dauro Peixoto Aragão, faleceu na madrugada deste domingo (7), aos 89 anos, no Hospital da Unimed Volta Redonda.
De acordo com o obituário da Prefeitura Municipal de Volta Redonda, o corpo de Dauro será cremado às 11h no crematório do Cemitério Portal da Saudade.
A causa da morte não foi informada, mas ele estava doente há algum tempo, segundo amigos e parentes.
Há anos, Dauro presidia a FOA e é um nome importante na história da Cidade do Aço. O vice-presidente da instituição é Eduardo Prado.
Via Campus, jornal da FOA, publica homenagem
O jornal Via Campus, da FOA, publicou na manhã deste domingo uma homenagem ao Dauro. Confira na íntegra:
“Dauro Peixoto Aragão
Um homem visionário a frente do seu tempo
Dauro Peixoto Aragão nasceu no dia 24 de agosto de 1931, numa casa coberta de heras, no bairro da Estamparia, em Barra Mansa. Foi o primeiro filho de Estella e Dario Aragão. Mais tarde, Dauro teria uma irmã, Nadya.
Durante a infância, costumava passar as férias com a família no sítio do avô, na Barra do Furado, em Quissamã, onde brincava na companhia da irmã, primos e tios.
O pai era diretor da Loteria do Estado do Rio e por isso Dauro, na adolescência, foi estudar no Colégio José Clemente, em Niterói. Menino do interior, ainda não expressava o espírito brincalhão de hoje. Era mais quieto.
Quanto ao pai, foi um espelho para Dauro. Homem inteligente, um político preocupado com a educação e com as questões sociais. Chamava a atenção a forma de educar os filhos, liberal, mas impondo a responsabilidade pelos seus atos. Dauro sempre valorizou este estilo, que ganhou sua admiração. A mãe, Estella, teve participação intensa na vida do marido e dos filhos e sua longevidade, com certeza, deve-se à sua inteligência e extrema lucidez.
Depois de completar o ginásio, Dauro fez o curso Tuiuti, uma escola preparatória para o Exército, onde conheceu dois amigos que se tornariam inseparáveis: Jairo e César.
Em 1952, passou no vestibular para Medicina na Universidade Federal Fluminense, uma paixão na sua vida. Essa paixão só não pôde ser concretizada por conta do falecimento do pai, que o obrigou a voltar a Barra Mansa para cuidar das providências familiares comuns nessas situações.
Pouco tempo depois, com a ajuda de um amigo, assumia o tabelionato em Volta Redonda, função que exerceria por mais de 50 anos. Mas o inquieto Dauro não ficou só nisso. Teve outras atividades empresariais, sendo uma delas uma casa de pesca em Quiçamã.
Na vida pública, sempre foi considerado polêmico e altamente combativo. Era um político ativo, envolvido com a cidade, mas atuava nos bastidores, sem nenhuma obsessão por cargos eletivos.
Em sua vida pessoal, seguiu os passos do pai. Também liberal, muito amoroso, um paizão. Do primeiro casamento nasceram quatro filhos: Andréia, Aline, Dauro e Dario; de sua segunda união vieram Júlio, Maria Teresa e Juliana. E agora, no terceiro casamento, adotou os filhos da esposa, Rômulo e Michelle e muitos netos e bisnetos.
Torcedor do Fluminense, Dauro é considerado muito brincalhão pelos amigos, que também falam de sua sensibilidade e educação na vida profissional, sempre generoso e muito solidário.
Está à frente da Fundação Oswaldo Aranha desde 1998 e foi um dos seus instituidores. Como tabelião de Volta Redonda, foi ele quem leu o Estatuto e registrou a ata de fundação em cartório.
Indicado pelo inseparável amigo Jairo Jogaib, foi na presidência da FOA que aflorou verdadeiramente seu espírito empreendedor.
E também em 98, Dauro, Jairo e Oswaldir praticamente prepararam todas as documentações necessárias para a criação do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, pois não terem condições financeiras de contratar uma firma especializada. E em nove meses o sonho se tornou realidade. Tudo graças a ajuda de muitos amigos e políticos que apoiaram a ideia.
A partir daí os avanços começaram. Imediatamente após a inauguração do UniFOA, foram criados mais cinco cursos de graduação, e com isso, obras e construções para todos os lados no campus Olezio Galotti, em Três Poços. Como o próprio Dauro disse, “precisava trazer vida para o campus”.
Além do cunho educacional, uma das características mais marcantes no Presidente, é o trabalho desenvolvido com a comunidade interna e externa. Atendimentos na clínica odontológica, policlínica com várias especialidades médicas, fisioterapia e vários outros serviços, esse carinho e zelo sempre foi uma de suas prioridades.
Uma das coisas que Dauro sempre fez questão de deixar bem claro é que tudo isso foi feito graças ao trabalho de toda equipe, sempre presente nas realizações e nas ideias por uma instituição que preza a formação para a vida.
“Por todas essas realizações, quero deixar o meu mais profundo agradecimento aos funcionários, professores, coordenadores dos cursos, aos Instituidores Beneméritos, e à categoria de institucionais, que criamos para dar continuidade ao nosso trabalho. Enfim, agradeço a todos aqueles que têm colaborado com a Fundação Oswaldo Aranha e com o Centro Universitário de Volta Redonda, porque nós estamos construindo o futuro de nossos filhos e de nossos netos”.
CDL lamenta morte de Dauro
A Diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR) recebeu nesta manhã com muita tristeza a notícia da morte do presidente da FOA (Fundação Osvaldo Aranha), Dauro Aragão, aos 89 anos, neste domingo 07/02.
O presidente da CDL-VR, Gilson de Castro, falou da perda para a região do empresário que também sempre teve um compromisso social com Volta Redonda e deixa um grande legado na educação.
“O Dauro sempre foi um empresário visionário, com um olhar voltado para o futuro, preocupado com a edução e, como presidente do UniFoa, sempre buscou parcerias que contribuíram para o crescimento de Volta Redonda, principalmente, em áreas que precisam de investimento como a educação e a saúde. É uma grande perda para todos nós“, comentou.
Gilson lembrou que a FOA é associada a CDL e uma parceira da entidade. “O vice-reitor Eduardo Prado também é nosso diretor e ficamos todos muito consternados com a morte do Dauro”, acrescentou.
A Diretoria da CDL-VR se solidariza com a família do Dauro, amigos, parentes, e com todo os colaboradores do UniFoa, seu conselheiros, diretoria e funcionários neste momento tão difícil, prestando suas condolências.
“Para a família, fica a saudade do esposo, pai, avô. E para todos nós e amigos, permanece a admiração pelo grande bem-feitor que Dauro sempre foi. Sua jornada se encerra nesse plano, mas a sua obra está eternizada junto com sua trajetória de sucesso “, lembrou Gilson.
Atualizada às 9h30min
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