Funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda iniciaram nesta semana a montagem de um relatório, que irá conter imagens e vídeos da situação de abandono em que encontraram a maior parte da estrutura do antigo Hospital Santa Margarida. Quase três anos depois de ser adquirido pela antiga gestão, o prédio não reúne condições mínimas para ser chamado de hospital. Mais: em alguns andares fora, encontrados equipamentos e documentos abandonados. Salas e corredores estão alagados e animais mortos também foram encontrados. O relatório será apresentado ao prefeito Antônio Francisco Neto, que decidirá como proceder.
Além de muita sujeira, infiltrações e até água parada – que serve como criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya -, o que chama atenção é que equipamentos médicos, insumos e arquivos – entre eles prontuários de pacientes – deixados nesses andares desativados estão se deteriorando no tempo. Em praticamente todos os cômodos vistoriados, o teto tem buracos e está caindo aos pedaços.
Em antigas salas usadas como Centro Cirúrgico, CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e a Ala de Enfermagem, por exemplo, os profissionais encontraram macas, instrumentos de esterilização (autoclave), equipamentos de hemoterapia e hemodiálise sucateados. De acordo com os funcionários que estão preparando o relatório, para evitar acesso a esses locais, o elevador do prédio foi interditado nestes andares. Atualmente, estas áreas já identificadas oferecem risco à população e aos frequentadores do espaço.
Os materiais ainda servíveis estão sendo analisados pelo setor de patrimônio da Prefeitura e terão destinação correta, assim que devidamente catalogados. Da mesma maneira, haverá cuidados básicos para evitar a proliferação de insetos e animais peçonhentos. O quadro desolador exigirá mais que isso, no entanto, para que no futuro o espaço possa ser utilizado.
Atualmente, o prédio do Hospital Santa Margarida abriga a Secretaria Municipal de Saúde, a Policlínica da Mulher e recebe atendimentos ambulatoriais com especialistas. Nestes andares a situação é melhor, mas o restante do prédio segue praticamente da mesma maneira como estava no momento em que foi adquirido pela antiga gestão, em dezembro de 2017.
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