Tão logo foi empossado no cargo, o prefeito de Volta Redonda Antônio Francisco Neto deixou a sede do Legislativo e seguiu, de carro, até a sede do governo municipal, que fica a poucos metros de distância.
Na chegada, caminhou em direção ao hall e chegou ao pé da escada que leva ao segundo andar, mas logo perguntou: “O elevador está funcionando?”. Tão logo recebeu a confirmação, deu a volta no prédio e subiu pelo elevador que sempre usou em seus mandatos superiores.
Já no gabinete, pediu que fosse trocada a cadeira que estava na cabeceira da tradicional mesa de mármore com o símbolo da cidade. Não havia tanta gente como se poderia esperar. Obeso e diabético, ele mesmo pediu às pessoas mais próximas que não comparecessem para evitar aglomeração.
Sentindo-se literalmente em casa, Neto aproveitou para dizer que vai pagar, já nesta sua primeira semana de governo, o restante dos salários de novembro do funcionalismo. Confirmou ainda o que dissera momentos antes, ainda na Câmara, que neste fim de semana o pessoal da Secretaria de Infraestrutura e de Iluminação Pública estará nas ruas para iniciar o quanto antes uma operação tapa-buracos e substituição de lâmpadas queimadas. Para isso, torce que o tempo ajude e as chuvas deem trégua.
Neto também assinou a exoneração de ocupantes de cargos comissionados, RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) e Reda (Regime Especial de Direito Administrativo). Segundo ele, será preciso cortar custos em todas as áreas, exceto saúde e educação.
O prefeito confirmou também o pedido à Justiça para que seja suspensa a intervenção no Hospital São João Batista, decretada em novembro do ano passado. Segundo ele, a decisão deve sair depois do dia 11 próximo, quando o magistrado que determinou a medida retorna à atividade e deve apreciar a solicitação.
Ele também apontou como prioridade a entrega de 18 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e 12 de UI (Unidade Intermediária) no anexo do Hospital do Retiro. Confirmou a assinatura de um decreto com regras de controle para a Covid-19. “Não somos favoráveis a fechar a cidade, mas temos que fiscalizar mais, com a Guarda Municipal e a Vigilância Sanitária”, destacou.
Neto considera a situação em que encontra a cidade muito mais grave do que quando foi prefeito pela primeira vez, a partir de 1997. “Naquele ano eram duas folhas (atrasadas), mas agora o quadro é muito pior”, resumiu.