Volta Redonda já está sob nova direção. Antônio Francisco Neto assumiu, na manhã desta sexta-feira (1), pela quinta vez, o cargo de prefeito, conclamando a cidade à união. Num breve discurso na Câmara, logo após ser empossado, ele disse que o município vai precisar, “mais do que nunca”, do apoio de todos, inclusive os vereadores.
“Nunca vi uma situação tão delicada”, disse o prefeito, afirmando que, hoje, a cidade está “impossível de governar”, citando números como pagamentos de R$ 80 milhões que estão empenhados (com compromisso de pagamento), além de uma dívida de cerca de R$ 30 milhões com a Light.
Segundo ele, com base em 2020, a receita é de R$ 54 milhões mensais com despesas de R$ 68 milhões. “Agora, em 2021, com a Covid, será muito pior. Não temos fábrica de fazer dinheiro”, afirmou, acrescentando que a responsabilidade do Executivo e do Legislativo é grande para devolver a normalidade à população.
“Precisamos muito de todos vocês. Volta Redonda precisa da gente. Preciso da união de todos. A eleição já acabou. O povo acreditou na gente, nós todos não temos o direito de decepcioná-lo”. Como de hábito, Neto ressaltou o papel de seu vice-prefeito, Sebastião Faria. Disse que os dois vão governar “respeitando o dinheiro público, a lei e a democracia”.
No mesmo discurso, ele confirmou a exoneração de todos os ocupantes de cargos comissionados e também aqueles que são pagos por RPA (Recibo de Pagamento e Autônomo). “Vamos recontratar alguns, mas não no nível em que estava”, frisou.
Neto também vem sinalizando, como fez em sua primeira declaração ao ser empossado, que a população mais pobre da cidade terá atenção especial. Ele tem afirmado que pretende cuidar “dos mais humildes e necessitados”.