O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) concluiu o estudo clínico com o uso do medicamento nitazoxanida em pacientes na fase precoce da Covid-19.
O anúncio foi feito durante evento no Palácio do Planalto, com presença do presidente Jair Bolsonaro e de Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações. Os resultados dos testes, que envolveram 1.575 pacientes, foram submetidos para publicação em uma revista científica não anunciada.
“Nós temos agora um medicamento comprovado cientificamente que é capaz de reduzir a carga viral. Com essa redução da carga viral, significa que reduz o contágio. As pessoas que tomam o medicamento assim que fazem o teste diagnóstico e descobrem que estão com covid, toma o medicamento nos primeiros dias, essa pessoa contamina menos outras pessoas. E mais, diminui a probabilidade de essa pessoa aumentar os sintomas, ir para o hospital e falecer”, afirmou Pontes.
A nitazoxanida é recomendada, pela bula, para o tratamento de gastroenterites virais causadas por rotavírus e norovírus, helmintíases, amebíase, gardíase, isosporíase, balantidíase, blastocistos, criptosporidíase, entre outras infecções por vermes.
Estudos conduzidos em outros países concluíram que a nitazoxanida apresentou bons resultados in vitro (laboratório), mas que a dose necessária para que tivesse algum efeito contra o coronavírus teria de ser muito maior, o que poderia colocar em risco o paciente.
A primeira evidência que descredenciava o antiparasitário no combate à Covid-19 veio de Wuhan, onde o vírus surgiu.
Cientistas chineses concluíram que a droga até poderia atuar contra o coronavírus, mas em uma dose tóxica, mais arriscada, inclusive, do que a hidroxicloroquina.
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