O Ministério Público do Paraguai disse nesta quinta-feira (5) que os passaportes utilizados por Ronaldinho Gaúcho e pelo irmão, Assis Moreira, para entrar no país, foram emitidos em janeiro de 2020 para cidadãos paraguaios, e não para os dois brasileiros.
O procurador responsável pelo caso, Federico Delfino, disse em entrevista coletiva que os documentos apresentados pelo ex-jogador estariam vinculados a outras identidades e teria sido adulterado. Segundo a rede ABC TV, os números dos passaportes pertencem a duas mulheres de origem paraguaia, moradoras de Assunção.
Delfino disse também que Ronaldinho e seu irmão saíram do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, com documentação brasileira e teriam recebido os passaportes paraguaios “assim que deixaram o avião”.
Segundo a investigação, os brasileiros teriam recebido os documentos na sala VIP do aeroporto internacional da capital paraguaia. Ronaldinho e Moreira prestam depoimento na sede do Ministério Público do Paraguai.
A Polícia Nacional e autoridades dos ministérios do Interior e Público foram até o hotel após denúncia do Departamento de Identificações do Paraguai, que advertiu às autoridades migratórias sobre a irregularidade com os passaportes paraguaios.
Na suíte em que o ex-atleta está hospedado foram apreendidos passaportes paraguaios e carteiras de identidade, além de telefones celulares, de Ronaldinho e do irmão. Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, os documentos estavam adulterados.
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis Moreira, são investigados por suspeita de uso de passaporte e documentos de identificação paraguaios falsos. Eles ficaram sob custódia no hotel onde estavam hospedados em Assunção, no Paraguai, na noite da quarta-feira (4).
O ex-ídolo da seleção brasileira de futebol está na capital paraguaia para compromissos comerciais.
Defesa
O advogado Sérgio Queiroz, que representa o ex-jogador no Brasil, disse ao GloboEsporte.com que “certamente trata-se de algum equívoco que será esclarecido”.
Ao portal de notícias G1, ele afirmou que não está claro por que haveria algum problema com os documentos. “Isso me causa estranheza, porque ele tem documentação, ele tem passaporte brasileiro.” O atleta aposentado não está preso, salientou Queiroz, mas, sim, detido para prestar esclarecimentos.
O atleta teve os passaportes brasileiro e espanhol confiscados, porém os documentos estão liberados “desde setembro/outubro” do ano passado.
As informações foram divulgadas pelo G1.