Uma jovem de 22 anos, que estaria atuando como mãe de santo, usando da religião como um disfarce para ganhar a confiança de pessoas em situação de vulnerabilidade, foi presa no Distrito Federal (DF) por suspeita de submeter adolescentes e mulheres a sessões de tortura. De acordo com a Polícia Civil, ela oferecia promessas de emprego e acolhimento em seu terreiro, em Gama.
Uma adolescente ouvida pela colunista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, disse que teve as mãos queimadas, o topo da cabeça e a língua. A menor afirmou que em seguida a suspeita colocou pimenta em cada lugar machucado e pegou uma cachaça e jogou na cabeça dela. “Pensei que ela ia colocar fogo em mim”, disse, afirmando que ela ainda quebrou a garrafa de cachaça e perfurou suas mãos e fez cortes em seus braços.
Outra mulher disse que também sofria castigos físicos, como queimaduras e agressões com pedaço de pau. Ela contou que também era ameaçada com frequência, assim como sua família. Ainda segundo a Polícia Civil, através de extratos financeiros, os agentes comprovaram que as duas eram exploradas sexualmente, sendo coagidas a fazer programas sexuais e retendo os valores obtidos. A investigação aponta para a existência de uma associação criminosa, com indícios de que a mulher agia em conjunto com outras pessoas para a prática dos crimes. (Foto: Reprodução/Metrópoles)