Equipes do Zoológico Municipal de Volta Redonda e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) devolveram à natureza, nesta quarta-feira (18), um jacaré-de-papo-amarelo que foi capturado no início do mês em Barra Mansa, numa área de sítios e chácaras do bairro Santa Clara. A reinserção do animal, com cerca de um metro de comprimento do focinho à cauda, se deu em uma área de ocorrência da espécie dentro da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Estadual do Médio Paraíba, sob responsabilidade do Inea.
Biólogo do Zoo-VR, Almir Fraga Folly Junior explica que o jacaré foi avaliado pela equipe do zoológico e, após ser constatado que ele não apresentava problemas de saúde ou sequelas físicas, foi reintegrado ao habitat do qual ele é uma espécie recorrente.
“Trata-se de um animal jovem que, em parceria com o Inea, devolvemos para uma área em que já existe a espécie e que suporta mais esse indivíduo. Para nós, do zoológico, é uma sensação de dever cumprido, pois entre nossos objetivos está reabilitar esses animais e permitir que possam retornar à vida livre”, afirmou Almir.
O gestor do Revis Estadual Médio Paraíba do Inea, Ricardo Wagner, reforça que a reintrodução e a devolução de espécies dentro dos ambientes de conservação têm entre seus objetivos restabelecer fauna e o equilíbrio ecológico, identificando os melhores locais, mais seguros para a espécie, a fim de que não tenha conflito com os seres humanos.
“Para isso, o Zoológico de Volta Redonda tem apoiado imensamente nessas ações; e não só de trabalhar as espécies que a gente encontra aqui para poder depois devolver, mas também identificando a unidade de conservação ideal para devolução e reintrodução de espécies nativas”, disse Ricardo.
Não se meta com o bicho
O jacaré-de-papo-amarelo reintroduzido na natureza nesta quarta-feira foi encontrado por moradores em Barra Mansa, que entraram em contato com as autoridades para a devida captura. Almir Fraga ressalta que esse é o comportamento a ser seguido ao se deparar com um animal silvestre fora de seu habitat.
“Não se deve mexer com ele, pois é um animal silvestre. Em uma ocorrência como essas, o correto é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, o Inea, a Guarda Municipal – se possuir algum destacamento ambiental –, ou, se houver no município, a Guarda Ambiental. Nunca se deve chegar próximo desses animais, porque a gente não sabe como que eles estão. É um risco para a pessoa e para o animal também”, orientou.