A cidade de Barra Mansa, através da Secretaria Municipal de Ordem Pública, também decidiu fiscalizar a venda de armas em gel no comércio. A medida visa restringir o uso do produto que pode causar graves ferimentos, sobretudo nos olhos.
De acordo com o secretário de Ordem Pública, Daniel Abreu, as ações são focadas na venda de produtos ilegais. Na segunda-feira (16), 13 armas de gel foram apreendidas em uma loja no Centro. Não havia notas fiscais dos produtos. “Estamos trabalhando em conjunto com as polícias Civil e Militar. Nosso objetivo é prevenir lesões graves, já que há relatos de que as munições estão sendo congeladas para trazer mais potência”, disse o secretário.
De fato, participantes das brincadeiras com este tipo de arma estão guardando as balas em congeladores para que fiquem duras. Assim, elas deixam de ser uma bala de gel e viram balas de gelo, o que, segundo especialistas, causa um impacto totalmente diferente, que pode levar a outro tipo de dano, até com rasgos ou dilacerações mais graves da córnea, como a cegueira, caso o ferimento não seja devidamente diagnosticado e tratado. Além dos riscos aos olhos, é possível que as bolinhas de gel causem hematomas em outras regiões do corpo, como o abdômen e as coxas.
Além dos riscos à saúde, as armas de gel representam também um perigo à segurança pública. A semelhança com modelos reais faz com que as armas de gel sejam utilizadas para intimidação de vítimas e consolidação de crimes, como já ocorreu em algumas cidades do país.
Lugar apropriado – Apesar da fiscalização, o secretário de Ordem Pública de Barra Mansa destaca que não há a intenção de coibir a diversão das pessoas. “Nós estamos avaliando disponibilizar áreas do município para que esse tipo de divertimento ocorra, mas de uma forma segura”, afirmou.
Ainda em Barra Mansa, a Secretaria de Educação informou que, durante esta última semana letiva e no próximo ano, as escolas da rede municipal irão implementar ações para coibir o uso de armas de gel em ambiente escolar, a fim de evitar incidentes. “A nossa orientação é que os diretores, ao flagrar estudantes em posse dessas armas, comuniquem as forças de segurança através da ronda e da patrulha escolar”, disse a vice-prefeita e secretária de Educação, Fátima Lima, lembrando que as escolas estaduais e particulares possuem comunicação direta com os agentes de segurança e também podem acioná-los se for necessário. (Foto: Divulgação)